Crédito: Andrzej Skwarczyński”
Elas são belas, de penas coloridas, podem ser excelentes cantoras e até mesmo falantes. De temperamento agradável, as aves são uma boa opção para bichinhos de estimação, mas como todo ser vivo, exigem cuidados especiais. Justamente por serem delicadas e sensíveis, podem facilmente adoecer e morrer.
Para evitar maiores preocupações, o dono deve estar por dentro dos problemas mais comuns. A Doença de Newcastle, por exemplo, é altamente contagiosa e afeta aves em qualquer idade. O vírus pode causar lesões no sistema digestivo, respiratório e nervoso, causando alto grau de mortalidade.
Na versão respiratória, o animal perde o apetite e apresenta espirros, dificuldade em respirar, conjuntivite e, às vezes, inchaço na cabeça. Já na forma digestiva, a doença pode provocar diarréia com presença de sangue e morte repentina. Na forma nervosa, observou-se a paralisia de pernas e asas, sendo a melhor maneira para evitar o problema a vacinação e higiene dos viveiros ou gaiolas.
Outra causa frequente de problemas é a Bouba aviária, também conhecida por epitelioma contagioso, varíola das aves, difteria, “caroço”, “pipoca” e “bexiga”, que afeta todas as aves em qualquer idade. Sua maior ocorrência se dá no verão devido à proliferação de mosquitos que disseminam o vírus.
Bactérias culpadas
De rápida contaminação, as doenças causadas por bactérias são muito comuns e mortais. A principal delas é a Colibacilose. Ela geralmente causa muitos prejuízos aos avicultores e é caracterizada por uma bactéria que habita o intestino do animal. Sua disseminação acontece pelas fezes, logo, a higiene e desinfecção do viveiro são fundamentais.
A Salmonelose também causa grandes estragos. O que a torna mais preocupante, é o fato dela atingir os humanos, portanto, os cuidados devem ser redobrados. As salmonelas não específicas (que atingem aves e mamíferos) causam o paratifo aviário, problema, em muitos casos, mortal. Seus sintomas se confundem com outras bacterioses, como a Colibacilose, sendo a diferenciação feita apenas em laboratório. À exemplo da Colibacilose, a forma mais eficaz de evitar o problema é a higienização rigorosa de viveiros e isolação de animais doentes.
Menos perigosa e mortal que as demais, a Coriza infecciosa merece atenção. Isso porque ela é altamente contagiosa e afeta aves em todas as idades, sendo a vacina a forma mais efetiva de controle, além de evitar que o pássaro pegue friagem. O problema ataca principalmente as vias aéreas e seus sintomas são espirros, conjuntivite e inchaço facial (sinusite).
Mais conhecida no mundo dos humanos que no de animais, o Botulismo é causado pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Trata-se de um problema muito frequente nas criações de fundo de quintal devido ao hábito de fornecer sobras de comida caseira para as aves. Os sintomas mais comuns são paralisia flácida e morte repentina.
Parasitoses em ação
Crédito: Yali Shi”
As doenças desse grupo são caracterizadas pela presença de parasitas no organismo das aves. O tipo mais comum é a Coccidiose, uma desvio que provoca lesões nos intestinos, podendo variar desde pequenas irritações até lesões mais graves, com hemorragias e necrose. Nos piores casos, pode levar à morte. Animais com o problema, geralmente apresentam perda de peso e diarréia com sangue. O controle se dá por meio da higiene e desinfecção constante, além do uso de drogas coccidiostáticas, de uso veterinário.
As verminoses e ectoparasitoses são problemas também muito comuns nas aves. Nelas, os parasitas utilizam seu hospedeiro para suprir suas necessidades. O problema é que eles acabam trazendo problemas aos animais, afetando o desenvolvimento e a produção, ou até levá-los a morte. As ectoparasitoses mais frequentes são causadas por sarna, carrapatos, percevejos, moscas e mosquitos. Um programa eficaz de vermifugação deve ser instituído periodicamente para evitar as contaminações.
Quando o problema está na alimentação
Muitas vezes, os donos podem achar que a melhor maneira de prevenir doenças é alimentar o pássaro diversas vezes ao dia. Em partes, a idéia está correta, contudo, vale lembrar que alimentar excessivamente o animal ou dar-lhe outros mantimentos que não os autorizados pelo veterinário, podem causar problemas, indigestão, obesidade, hemorragias, entre outros.
A Diátese exsudativa, por exemplo, surge na forma de edemas e hemorragia no tecido subcutâneo do corpo. A doença está relacionada com a deficiência de vitamina E e selênio. Ela pode ser facilmente controlada adicionando à ração antioxidantes, sempre supervisionado por um veterinário.
Outro problema causado pela falta nutricional é o Raquitismo, doença caracterizada pela deficiência de cálcio, fósforo ou vitamina D, podendo afetar o corpo como um todo, apresentando deformidades e consistência de borracha ao esqueleto. Nesses casos, suplementos minerais além de boa alimentação e banhos de sol evitam o problema.
Não menos graves são as Micotoxicoses, doenças causadas pela ingestão de alimentos contaminados por micotoxinas. A principal fonte da substância é o milho e/ou a ração. Os fungos produzem a toxina (mofo esverdeado ou azulado) que pode ser mortal. Para evitar contaminações, é importante que o dono respeite os prazos de validade do alimento de suas aves. Os sintomas mais comuns são palidez, pouco crescimento, diarréia, hemorragia e alteração na cor dos ovos.
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