Quem nunca se encantou ao ver um filhote de Labrador? Certamente, esses cachorrinhos são um dos mais populares entre os fãs de cães, por serem muito bonitos, carinhosos e brincalhões.
Porém, o comportamento de uma raça é definido pela genética e educação dada aos animais. No caso dos Labradores, é indispensável saber que eles são cachorros com bastante energia, desde pequenos. Isso pode mudar a medida que os anos se passarem, mas eles nunca deixarão de ser ativos, companheiros e fieis aos seus donos.
Além disso, gostam muito de água e de crianças, e necessitam constantemente da companhia de seus donos para se desenvolverem de forma saudável e feliz. Costumam ser bons cães de família, pois a maioria deles não têm um único dono predileto.
Se você procura por um cão de guarda, definitivamente os Labradores não são a melhor opção. Eles podem até latir ao perceberem uma situação de risco ou um indivíduo estranho, mas não espere mais do que um aviso, pois não são animais de ataque.
O Labrador é um cão que considera todos os membros da família como parte de uma matilha. Se você procura por um bicho independente, não adote ou compre um desses cachorros, pois eles odeiam a solidão, o tédio, o isolamento e a falta de atividades. No caso, ele acabará destruindo objetos da casa e você terá problemas na criação e em seu comportamento.
Adestramento
Os Labradores são cachorros muito espertos e fáceis de serem treinados. São ótimos como cães de companhia, de terapia, de caça, e como cães guia e assistentes de pessoas com deficiências físicas e visuais. Caso o dono tenha algum interesse em adestrar o animal para alguma dessas finalidades, o ideal é que o faça quando ele ainda é filhote, e que busque por ajuda profissional.
Saúde
Sobre os cuidados com a saúde, são cães de médio a grande porte, porém, tem grande tendência a obesidade. Por isso, é fundamental que se alimentem de forma responsável e controlada, somente com uma ração indicada pelo veterinário.
Os cachorros dessa raça, em boa forma, costumam pesar em média, entre 37 e 42 quilos, dependendo do sexo e da genética. Eles podem ser encontrados nas cores: amarelo – variando do creme claro ao avermelhado –, chocolate e preto.
É importante saber que os filhotes amarelos, com o nariz, o contorno dos olhos e dos lábios rosas ou marrons, são considerados animais despigmentados, o que pode causar problemas de pele. Portanto, o dono deve tomar cuidados extras, como expô-los ao sol em horários específicos e passar protetor solar em seu focinho.
A displasia coxofemoral e a de ombros são duas doenças geneticamente transmissíveis, sem cura e que podem não apresentar sintomas. É também natural que os labradores realizem uma “troca de pelos contínua” durante as mudanças de estação do ano. Por isso, não se assuste se os pelos começarem a cair, mas fique atenta se for em grandes quantidades e se causarem grandes falhas na pelagem.
Escovações frequentes e poucos banhos com shampoo ou sabonete, melhoram a condição de cães que sofrem de alergias e outras dermatites, típicas da raça e da genética de cada animal.
Os banhos de mar e de piscina devem ser supervisionados. Depois que ele sair da água, seque bem o animal e suas orelhas, para que eles não fiquem com a pele úmida e para evitar otites, que além de causar problemas no ouvido, também pode motivar problemas na derme.
Antes de trazer o filhote para casa, você irá precisar tornar o seu lar “à prova de um Labrador”. Isso é: retirar fios e objetos espalhados pelo chão, mover coisa de cima de mesas e superfícies que ele possa alcançar, guardar plantas tóxicas, venenosas e produtos de limpeza em lugares altos ou trancados, e tudo o que for considerado de risco e perigoso para a saúde do animal.
Procure deixá-lo com um cobertor que tenha o cheiro de sua mãe e de seus irmãos para que ele possa dormir com mais tranquilidade e se adaptar melhor ao ambiente. Os cães conhecem tudo pelo faro, sendo que o focinho é o órgão mais importante e desenvolvido. Dessa forma, permita que o filhote cheire e explore bastante todos os cantos de seu novo lar.
Compre também tigelas grandes e de metal para que elas não sejam roídas e destruídas nos primeiros meses. Os brinquedos devem ser de borracha para estimular a mastigação e massagear a gengiva. Evite dar objetos dos donos para não confundir o animal, uma vez que o filhote não saberá distinguir mais tarde entre “brinquedos” que podem ou não ser mordidos, e acabar sendo punido por um erro do dono.