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Disciplina é a chave para domar gatos “ferozes”

A dificuldade em lidar com os comportamentos agressivos dos gatos faz com que muitas pessoas abandonem estes animais. Porém antes de julgar mal rosnados, mordidas e arranhões é preciso entender as causas destas atitudes e tentar ajudar o animal a liberar sua impetuosidade de forma inteligente e saudável.

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Sabe-se que, em nome da sobrevivência na natureza, os antepassados dos felinos domésticos precisavam se defender, marcar território e caçar as refeições e, para tal, usavam a coragem e a agressividade. Como o jeito intrépido permaneceu até hoje em alguns animais, saber interpretar como a rotina doméstica ativa os instintos do gato pode ajudar o dono a administrar as situações as quais o animal é submetido e, consequentemente, suas possíveis reações.

Ativadores da agressividade felina

  • Passar por situações que provoquem medo, dor ou frustração: estar depressivo, ter o caminho obstruído quando tenta fugir de uma ameaça, passar por situações de estresse, ser retirado bruscamente de seu território, ser submetido a procedimentos antinaturais ou dolorosos, estar doente e ser impedido de brincar e liberar energias;
  • Pressentir riscos para os filhotes: ter filhotes retirados de perto e ver pessoas desconhecidas ter acesso às crias;
  • Ter território “invadido” por estranhos: ter a casa com visitas atípicas que usam seu espaço;
  • Ser estimulado a brincadeiras de treino de caça com pessoas: acostumar-se a brincar de arranhar, morder, surpreender e assustar o dono;
  • Perceber recurso escasso e necessidade de competir por este: sentir que tem que controlar suas necessidades básicas para dividir água, comida e caixa de areia com outro animal;
  • Ter facilitado o acesso a presas naturais: sentir-se livre para atacar a peixes de aquário e pássaros em gaiolas;
  • Ser mimado quando age de maneira intimidadora: ser liberado logo que reage negativamente a um incômodo e ganhar benefícios quando se comporta mal.

Como controlar gatilhos de ferocidade

  • Passar confiança ao animal em situações que o desagradem;
  • Ter uma aproximação cuidadosa quando houver filhotes por perto;
  • Oferecer vantagens para obter receptividade;
  • Não deixar que o animal brinque de caçar pessoas, estimulando os treinos de caça apenas com brinquedos;
  • Prover recursos individualizados;
  • Impedir tentativas de caça a outros animais criando obstáculos;
  • Não fazer o que o animal quer na hora que ele quer quando reagir de maneira agressiva.

Entender como funciona o mundo aos olhos do felino é fundamental para evitar atitudes extremas. Maltratar ou abandonar animais nunca é a solução. Mesmo que a agressividade do felino não tenha uma causa que se possa ser entendida e controlada, caracterizando-se um desvio comportamental severo, o dono deve agir com carinho e buscar ajudar seu bichano com o apoio e orientações de um veterinário.

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