A chuva não dá as caras na cidade de São Paulo desde 15 de abril. Como consequência, na última semana, a Climatempo registrou 33% de umidade relativa do ar. Humanos e animais domésticos têm sofrido com o clima seco, que pede uma série de cuidados especiais para evitar problemas de saúde.
Quando a umidade do ar está muito baixa, cães e gatos, assim como os humanos, são vítimas de coceiras nos olhos, boca seca, dificuldade para respirar e desidratação. Nesta época, as visitas aos hospitais veterinários crescem considerável, com atendimento a animais com problemas respiratórios, especialmente filhotes, animais idosos e aqueles que já convivem com doenças como asma e pneumonia. “Cães de focinho curto, como o Shi-Tzu, o Pug e os Bulldogs, já têm dificuldade para respirar e acabam tendo o problema agravado. Muitos precisam até de inalação para amenizar os efeitos do ar seco”, explica a veterinária Valéria Correa, responsável técnica e gestora clínica do Grupo Pet Center Marginal.
Para evitar problemas por conta do ar seco, é indicado que seu pet tenha sempre disponível água potável fresca. Em casos extremos, é recomendável colocar panos molhados no ambiente em que o animal fica e até mesmo umidificadores de ar. As caminhadas também devem ser controlados. “Com o calor e o ar seco, é preciso também evitar passeios em excesso, principalmente durante o dia, pois não é nada benéfico para o animal “, explica Dra. Valéria.
O tempo seco ocasiona ainda o aumento de casos de doenças virais disseminadas por inalação. Uma delas é a cinomose, enfermidade altamente contagiosa e grave que pode levar à morte. “A doença atinge o sistema nervoso dos cães e pode ser fatal. Caso o animal sobreviva, poderá ficar com sequelas neurológicas”, alerta a veterinária.