Os fogos de artifício utilizados durante as comemorações de fim de ano podem ocasionar vários transtornos aos animais e seus tutores. O barulho dos fogos de artifícios amedronta muitos animais de estimação e ocasiona problemas sérios como quedas, enforcamentos ou até mesmo fugas.
“A maioria dos animais tem medo de fogos e rojões. O tutor deve se precaver de possíveis acidentes relacionados ao estresse gerado pelo excesso de barulho”, avisa a Dra. Elaine Pessuto, diretora clínica e coordenadora do curso de Auxiliar Veterinário do CETAC – Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia.
Uma dica valiosa é manter os bichos em locais seguros, ou seja, nada de locais altos, de onde eles podem saltar, como sacadas ou lajes. Outro perigo são os portões com lanças, portas de vidro e correntes.
“Muitos tentam fugir e acabam se ferindo em portões, lanças ou mesmo se enforcando nas cordas e correntes. Os animais precisam se sentir seguros, assim é necessário mantê-los abrigados em locais onde eles possam se esconder, muitos gostam de ficar embaixo de móveis ou escadas, mas tente não deixá-los sozinhos”, ressalta a veterinária.
O ouvido humano pode captar sons que estão numa faixa de vibração entre 20 e 20.000 ciclos por segundo, enquanto que os cães alcançam sons entre 18 e 40.000 ciclos por segundo, portanto para eles os fogos geram um barulho realmente insuportável, deixando muitos apavorados. “Tapar as orelhas do cão durante o jogo com algodão pode até ajudar, mas é um método muito tênue se levarmos em consideração a potência auditiva deles”, avalia a dra. Elaine.
Com um pouco de paciência e tempo é possível adotar métodos de adestramento para dessensibilizar o animal. “Em certos casos a fobia e o estresse gerados são tão intensos que é necessário fazer uso de medicamentos que devem ser prescritos e monitorados pelo médico veterinário”, acrescenta a veterinária.
Atenção, durante os fogos:
- Evite deixar seu amigo sozinho;
- Crie um abrigo: se ele ficar sozinho, deixe-o em um local seguro;
- Evite fugas: mantenha portões e portas fechados;
- Evite enforcamentos: não o deixe preso por coleiras e guias;
- E lembre-se: ele precisa se sentir protegido;