Muitas pessoas ainda têm algumas dúvidas em relação à reprodução de cães e gatos. Sabe-se que é um período muito importante e que é necessário tomar diversos cuidados para garantir que tudo saia como o planejado.
Segundo Marcelo Quinzani, médico veterinário e diretor clínico do Grupo Pet Care, a primeira providência a ser tomada é certificar que a saúde da fêmea que entrará em fase de reprodução esteja em dia. Ela deve estar vacinada, vermifugada e bem alimentada – com ração para cães adultos e de acordo com a sua raça (tamanho).
Vale lembrar que no final da gestação é recomendável que a fêmea consuma alimentos para filhotes. “A reprodutora bem nutrida deve receber ração de filhote somente no terço final da gestação, ou seja, os últimos 20 dias, e deverá ser mantida durante todo o período de lactação. Antes disso, deve comer uma ração para animais adultos de boa qualidade”, diz Quinzani.
Após esta primeira etapa, a seleção do parceiro deve ser feito a partir de suas características. O ideal é sempre escolher por animais da mesma raça (tamanho), que também devem estar com a saúde em dia. Além destes aspectos, devem ser avaliadas doenças familiares – sejam elas pré-existentes ou aquelas mais predispostas à raça.
“Neste caso alguns exames de sangue e de imagens devem ser considerados. No caso de gatos persas, podemos identificar doenças renais mediante avaliação de exame de sangue e assim eliminando da reprodução aqueles geneticamente predispostos a estas doenças”, alerta Marcelo.
O veterinário reforça também que alguns animais apresentam dificuldades em se reproduzir. Para solucionar este tipo de problema, existe a possibilidade da inseminação artificial. Embora as chances de conseguir uma gestação sejam menores do que no processo natural, o procedimento não traz problema ao pet.
A reprodução não é recomendada para todos os pets. Famílias com histórico de doenças como displasia coxofemural, diabetes, câncer de mama, epilepsia, rins policísticos e sarna demodécica não devem ser colocados em reprodução, pois são doenças que podem ser transmitidos de pais para filhos. “Também se deve evitar o procedimento em animais com doenças pré-existentes, assim como em cães e gatos com mais de oito anos de idade, que podem apresentar problemas de gestação e parto – mesmo estando saudáveis”, comenta o veterinário. “Se você está pensando em cruzar o seu melhor amigo, lembre-se de levá-lo ao veterinário. Assim, ele poderá te guiar para obter uma reprodução mais segura possível”, finaliza.