As águas-vivas são animais marinhos, com tamanhos que variam de 2,5 cm a cerca de 2m, com tentáculos chegando até a 30,5 m de comprimento. Com seu corpo gelatinoso e seus tentáculos bamboleantes, são seres que despertam a curiosidade. Elas fazem parte do filo dos Cnidários, (da palavra grega “urtiga que queima”) e da classe dos Cifozoários (de “xícara ou taça”, em razão do formato do corpo). Diz-se que existem há mais de 650 milhões de anos, representadas por milhares de espécies diferentes.
Compostas por 98% de água, costumam aparecer bastante em praias brasileiras e preferem locais de fundo arenoso. Surgem em número maior durante o verão e principalmente em tempestades e ressacas. Elas flutuam sobre a superfície e se movimentam por meio das correntes e ondas.
Para capturar seu alimento, a água-viva utiliza os nematocistos. Cada um deles têm uma pequena cápsula contendo a peçonha. Uma água-viva possui milhares de nematocistos prontos para serem disparados ao entrar em contato com a pele humana.
Queimaduras
Mitos sobre queimaduras de água-viva sempre surgem quando alguém próximo sofre um acidente e não sabe quais medidas tomar. O mais conhecido deles é urinar sobre a ferida para amenizar o desconforto. Nativos havaianos costumam utilizar soro de mamão-papaya para as queimaduras até os dias de hoje. Porém, é preciso cuidado, pois grande parte dessas lendas não têm nenhum tipo de comprovação científica.
Em grande parte dos casos, os banhistas costumam sofrer o incidente em mares de águas calmas e quentes, no período da tarde. Por isso, é importante que haja a supervisão dos pais em relação às crianças, assim como do corpo de bombeiros e de salva-vidas na observação de qualquer acontecimento.
Sintomas
Urticárias e queimaduras locais podem durar cerca de 30 minutos a 24 horas, provocando dores de cabeça, mal-estar, náuseas, vômitos, câimbras, dificuldades respiratórias, arritmias cardíacas, paralisia, delírio e convulsão. A morte é rara, mas pode ocorrer por insuficiência respiratória ou choque, provocado por efeito da intoxicação ou de anafilaxia.
Como se proteger?
O uso de roupas de borracha podem evitar ataques. É importante deixar claro que mesmo estando mortas, os tentáculos das águas-vivas podem grudar na pele e provocar lesões. Para tratá-las, use óleo mineral sobre o corpo e procure ajuda profissional. Se for tentar remover os tentáculos, nunca toque-os com as mãos desprotegidas.
Cuidados imediatos
Ao ser atingido, não coce o local. Saia da água o mais rápido possível, para evitar o risco de choques e de afogamentos. Lave abundantemente a região atingida com água doce. Sem esfregar, coloque vinagre por cerca de 5 a 10 minutos e alterne com a água de 2 a 3 vezes. O vinagre desativa os nematocistos íntegros e neutraliza a peçonha, mas, infelizmente, não diminui a dor. Em seguida, use compressas geladas no local. Havendo reação alérgica ou inflamatória procure um médico imediatamente.
Podem ocorrer queimaduras de segundo grau, ocasionando, além de ardência, o aparecimento de bolhas e cicatrizes. Dessa forma, procure não tomar sol até que o tecido se regenere por completo.