Aromas pouco agradáveis vindos das bocas de nossos gatos podem ser algo normal. Afinal, os pets são carnívoros e esse tipo de alimentação faz com que apareçam bactérias na região. O problema pode ser facilmente resolvido com a escovação diária dos dentes: hábito que deve ser realizado com seriedade para que a saúde do seu animal não seja comprometida.
Já a halitose felina, ou seja, o mau hálito, é uma das principais consequências da falta de escovação, mesmo que a dieta do gato contenha apenas ração ou consumo de peixes, por exemplo. Em casos mais graves, é preciso recorrer a produtos específicos, como balas para gatos ou mordedores, com indicações médicas que irão atestar se o sintoma pode indicar outras doenças.
Nunca dê balas normais ao pet. Além do açúcar, outro componente perigoso é o xilitol. O mesmo vale para guloseimas ou petiscos doces que os humanos comem. As balas podem ser encontradas em petshops.
Problemas de mau hálito podem indicar: gengivite, infecção nos dentes, úlcera ou tumores de boca, doenças renais e de estômago, entre outros. Quanto antes o mal for diagnosticado, mais rápido é o tratamento e maiores são as chances de cura.
Lembre-se sempre de observar o aspecto da língua, da gengiva e das mucosas na escovação. Se a higiene não for prioridade, o animal terá grandes chances de desenvolver a halitose – e nenhum tipo de alimentação poderá neutralizar o odor bucal.
É aconselhável levar o pet, pelo menos, uma vez ao ano a um dentista para que o profissional veja diferenças na coloração dos dentes ou o acúmulo de placa bacteriana e de tártaro.
Procure examinar o comportamento do felino, pois a halitose pode vir unida à falta de apetite. Depois de feito o diagnóstico, é possível começar o tratamento. Felizmente, a maioria das doenças que apresentam a halitose como sintoma tem cura e são tratáveis.
Doenças periodontais
A doença periodontal agride as regiões da gengiva e dos tecidos de sustentação dos dentes. É provocada pela presença da placa bacteriana e, se for descoberta tardiamente, não regride. Pode exibir sintomas mais claros quando houver uma queda no sistema imunológico, além do surgimento do mau hálito.
A doença pode gerar complicações preocupantes, como perda dos dentes e inflamações no coração, renais ou hepáticas. O gato poderá sentir muita dor e se recusar a comer, além do risco de fraturar as mandíbulas.
Como as lesões aparecem sob a gengiva, o dono do pet pode não perceber o problema. Dessa forma, o gato deve realizar um exame oral regular, principalmente se for mais velho, tiver tártaro, dentes tortos, muitas salivação ou dificuldades em mastigar. A gengivite também pode causar a doença, que não tem associação com o aparecimento de cáries.
O tratamento pode ser feito por meio de uma raspagem do tártaro e da placa bacteriana. Caso haja o aparecimento da periodontite, será preciso uma limpeza do tipo sub-gengival.
Como escovar os dentes do seu gato?
A escovação diária é imprescindível a partir dos seis meses de idade, mas pode começar antes para que o hábito se torne constante. Procure combinar a escovação com uma troca positiva, oferecendo carinhos e mimos extras ao gato.
A pasta dental veterinária possui um sabor gostoso e ajuda na hora da escovação. Porém, o seu uso não é essencial, pois o atrito da escova já é o bastante na limpeza dos dentes. Jamais utilize pasta de dente de humanos no pet: ela é tóxica.
Compre uma escova com cerdas macias para evitar ferimentos. Faça movimentos circulares em cada um dos dentes. Comece escovando os dentes posteriores. Com o tempo, aumente a quantidade de dentes e faça a higiene na superfície interna. Outra dica é colocar um pouco de pasta nos dedos e esfregá-los nos dentes do filhote. Existem pastas no mercado com sabor de carne ou frango.