Relatório divulgado pela empresa World Wildlife Fund for Nature (WWF) e pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) mostrou que populações de animais selvagens diminuíram, em média, 52% – desde a década de 70.
Os pesquisadores reuniram uma lista com 380 tipos de animais e mais de 3000 espécies diferentes para examinar a vida animal. Como os níveis de consumo humano aumentaram neste mesmo período, uma maior ameaça à biodiversidade foi registrada – observando a perda e a degradação de hábitats graças vindas de um culto de consumismo do homem acima da média.
A necessidade de novas terras e recursos, juntamente com a caça e a pesca, fez com que o número de animais selvagens caísse pela metade nos últimos 40 anos. O que acontece é que recursos naturais são consumidos de forma muito rápida, eliminando o número de florestas, da fauna e da flora.
“Todos temos interesse e responsabilidade para agir e assegurarmo-nos de que protegemos o que todos valorizamos: um futuro saudável quer para as pessoas quer para a natureza”, afirmou o chefe executivo da WWF-UK, David Nussbaum.
Formas de melhorar a situação, como reciclar a pressionar políticos, empresas e industriais para melhorias e mudanças na crise também é essencial, assim como aproveitar melhores formas de gerir, utilizar e partilhar os recursos naturais dentro dos limites do planeta – com o objetivo de garantir comida, água e energia para todos.
A situação é ainda mais grave entre animais de água doce: eles sofreram uma diminuição de 76% de suas populações. O documento analisa como a pegada ecológica (responsável por medir a área de fornecimento de bens e serviços ecológicos) é utilizada pelas populações.
No caso, a pegada ecológica que os países praticam é culpada pela metade do total de perda das espécies. O Brasil está em quarto lugar no ranking de países que mais contribuem com essa perda, que também inclui: Rússia, China, EUA e Índia.
Em Gana, o número de leões de uma reserva baixou para 90%. Na África Ocidental, a população de elefantes foi reduzida para 7%. Ao redor do globo, a perda de habitat e de caça reduziu a população de tigres de 100 mil para 3 mil.
No Brasil, iniciativas fazem com que agricultores do Acre, por exemplo, diminuam práticas que envolvam a derrubada de árvores e queimadas nas florestas, como forma de conservação da riqueza natural.