Crédito: Divulgação
Odoiá. A saudação a Iemanjá foi a escolhida para batizar a operação da Polícia Federal, que teve como objetivo prender uma quadrilha que comercializava peixes ornamentais ilegalmente. A ação mobilizou agentes do Pará, Amazonas, Rio de Janeiro e São Paulo, e resultou na prisão de sete pessoas e na apreensão de 4 mil peixes.
Além de não ter autorização do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o grupo vendia peixes que não podiam ser capturados, e os transportava de maneira inadequada.
A operação Odoiá teve início há quatro meses, após uma denúncia anônima. Comunidades pesqueiras de Altamira e Itaituba, no Pará, forneciam os peixes. De lá eles seguiam para Santarém, e então para Manaus ou São Paulo, de onde eram despachados dos aeroportos para o mercado internacional como Europa, América do Norte e Ásia. O contrabando era lucrativo, já que um Acari Zebra, com cerca de 7 centímetros pode custar até 1,5 mil dólares no exterior.
Coridoras, rosáceos, banjos, neons, rodostomus, piabas, entre tantas outras espécies foram apreendidas em São Paulo, totalizando 2,2 mil peixes, que podem ser vendidos por até 350 dólares o exemplar. O Aquário de São Paulo, localizado no bairro do Ipiranga, irá abrigar as espécies.
Cerca de quatro aquários devem ser interditados por participação no esquema. Agora as investigações seguem para o Rio de Janeiro. O grupo responderá por formação de quadrilha e contrabando e por crime ambiental.