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Crianças e pets: por que animais são importantes na infância?

O Dia das Crianças está chegando e, com ele, acabamos revivendo nossas próprias lembranças de infância. Que criança nunca pediu um cachorro de presente para os pais e levou um sonoro “não” como resposta? Confesso que fui uma delas, sofri com a negativa da minha mãe, mas hoje – como tutora de dois gatos e um cão e… futura mamãe – entendo seu ponto de vista.


Animais podem contribuir para o fortalecimento do sistema imunológico de crianças contra alergias e asma, diz especialista (divulgação)

Animais são maravilhosos, companheiros, divertidos, carinhosos e nos ensinam MUITO, porém são uma responsabilidade que exige maturidade e comprometimento para ser assumida. Mas quais os reais benefícios de colocar uma criança em convivência com um pet?

A cada ano, mais e mais lares trazem animais de estimação integrar a família. Entre cães, gatos, peixes, aves, répteis e pequenos mamíferos, o Brasil já conta com 139,3 milhões de bichinhos, de acordo com o Instituto Pet Brasil (2019). Segundo Thaís Matos, veterinária da DogHero – site e app de serviços para animais – os cães podem contribuir muito para o desenvolvimento da criança, além de auxiliar na melhora e proteção da saúde delas, produzindo benefícios que vão acompanhá-las por toda a vida. “O contato saudável com animais desde cedo faz com que o sistema imunológico dos pequenos se fortaleça e fique bem menos propenso a condições como alergias crônicas e até mesmo asma“, comenta a especialista.


Prepare-se para integrar os membros da família ao convívio (divulgação)

Em termos comportamentais, ter um pet participando do período da infância também tende a contribuir para as habilidades sociais, pois ensina o pequeno a lidar melhor com as emoções. No entanto, lembra a especialista, o desafio ao decidir ter um amigo de quatro patas é saber como integrá-los com os pimpolhos para que tudo ocorra bem na rotina da casa. “Antes de adotar um cão, os pais e mães devem atentar-se a alguns pontos como idade, saúde das crianças e ter senso de responsabilidade, pois o pet irá demandar tempo, dinheiro e atenção”, comenta Thais Matos.

Caso a família já tenha um amigo de quatro patas e esteja se preparando para a chegada de um bebê, os pais devem organizar o ambiente. É importante que o cão não associe o bebê a momentos e coisas negativas. Para evitar isso, é necessário fazer uma mudança gradual na rotina do pet. “Após a montagem do quarto do bebê, por exemplo, é interessante deixar que o cão fareje e conheça o local sempre na presença dos pais”, comenta a especialista.


Vale a pena “acostumar” o cão à ideia da chegada de um bebê (divulgação)

Ficou inspirado a trazer um pet para integrar a família? Pense em adotar um amigo! Ainda segundo o Instituto Pet Brasil, são mais de 3,9 milhões de animais em condição de vulnerabilidade, vivendo sob os cuidados de protetores, abrigos, ONGs ou voluntários.

Anote as dicas de ouro da veterinária da Botica Pets, Ana Cristina Osiro, para uma adoção consciente e responsável, além de uma integração harmônica dos animais com toda a família.

1. Escolha um pet que tenha o perfil da família
Pesquise muito antes de escolher o pet ideal. Se ficarem pouco tempo em casa, talvez seja melhor adotar um gato, que é mais independente emocionalmente do que um cachorro. Se optar pelos cães, não deixe de conhecer todas as possibilidades, existem SRDs (animais sem raça definida) de todos as idades e portes que, certamente, serão muito agradecidos pela sua escolha.


Gatos são carinhosos e mais independentes emocionalmente (divulgação)

2. Faça um check-up de saúde e vacinas
Combine uma visita ao veterinário antes de levar o animal para o convívio da família ou de outros pets da casa. É importante verificar a existência de doenças transmissíveis aos demais animais e também colocar as vacinas em dia. Aproveite a consulta para já sair com a orientação sobre a alimentação mais adequada ou mesmo suplementação – em caso de animais ansiosos ou com necessidades específicas.

3. Divida as tarefas e os cuidados
As crianças, na medida do possível, devem sim ajudar na rotina do pet. Levar para passear, dar comida, recolher as necessidades podem ser tarefas interessantes para que os pequenos aprendam a lidar com a responsabilidade e o compromisso.


No fim das contas, ter um animal em casa é um aprendizado para toda a família (divulgação)

4. Eduque os cães – e as crianças – para uma relação saudável
Para uma boa convivência, os pets e as crianças precisam conhecer os limites um do outro. No caso dos cães, eles precisam ser treinados e socializados para manter um bom relacionamento com os pequenos. Isso porque um filhote não nasce sabendo de que forma deve agir com as crianças e podem se acostumar a morder e pular. Estes comportamentos não devem ser incentivados a fim de evitar problemas futuros. Assim, o adestramento e a socialização desde cedo é fundamental. Para as crianças, é importante ensinar que algumas atitudes não são legais como puxar o cão pelo rabo ou pelo, dar cutucões, mexer no cachorro quando ele estiver comendo, etc.

5. Promova atividades em família
Durante a socialização do cão, todos devem participar. Atribua tarefas
(brincadeiras, treinamentos de comandos e passeios) a cada membro, a fim de garantir que todos curtam a alegria de ter um pet. Leve todos juntos ao parque, na pracinha e até quando for buscar as crianças na escola!

Em pouco tempo, este laço se tornará mais forte para todos. As vantagens de ter um cachorro que brinca com o seu filho, passeia e viaja com a família são inúmeras. A alegria de ter um pet em casa mais do que recompensa o trabalho de criar e educar o peludo. Pense nisso!

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