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Advogados para os animais da Suíça

E lá vai a Suíça realizar um referendo no mês de março, para melhorar ainda mais a vida de seus animais. A proposta prevê que cada cantão seja obrigado a nomear um advogado para defender os bichinhos de estimação e de fazendas contra abusos.

O país do cuco também é famoso pelos direitos dos animais. A constituição até foi alterada para “proteger a dignidade” da vida da planta, e em 2008, canários, porquinhos-da-índia e peixinhos dourados foram considerados “animais sociais”, que nunca devem ser criados sozinhos. O advogado Antoine Goetschel ajudou a elaborar a lei que estabelece que aquários para os peixinhos dourados não podem ter os quatro lados totalmente transparente, já que eles precisam de abrigo. E quem quer ter um cachorro em casa precisa passar por um curso de quatro horas, antes de adquirir um animal.

Em entrevista ao jornal inglês The Sunday Times, Antoine defende o referendo: “homens acusados de crueldade animal podem contratar um advogado ou ter um indicado, mas animais não podem. E é aí que eu entro”. Goetschel ficou conhecido como o “advogado dos animais” em 2007, depois que incentivou grupos de proteção animal a fazerem campanha para um referendo, solicitando a disponibilidade de advogados que defendam bichos por todo o país. Os ativistas conseguiram reunir mais de 100 mil assinaturas, necessárias para realizar a consulta nacional.

O advogado, de 50 anos e vegetariano, diz que as pessoas acham que basta chamar um porquinho-da-índia de ‘amor’ e está tudo bem. “Mas eles ignoram as necessidades do animal como espécie, como ter um companheiro”, por exemplo.

Mas o referendo não é bem visto por fazendeiros e criadores de cães, gatos, entre outros pets. Eles organizaram uma comissão batizada de “Não para os advogados inúteis de animais”. E nem os pescadores escaparam de Goetschel. Até o estilo de pesca ‘pega e solta’ é considerado cruel para o advogado.

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