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Animais exóticos também precisam de vacinação

Os furões precisam ser vacinados anualmente contra raiva e cinomose
Crédito: Flickr / Hans Splinter

Por essa, poucos esperavam. Apesar da informação ser pouco divulgada, animais exóticos como o furão, e até mesmo algumas aves precisam sim, de vacinação. A medida é necessária para prevenir doenças graves como poxvirose (bouba aviária), doença de Marek e Newcastle, no caso dos pássaros, e a raiva e cinomose, nos ferrets.

Felizmente, os roedores como hamsters e porquinhos-da-índia estão livres de doenças graves e não costumam ser vacinados. De acordo com o Dr. Celso Martins, responsável pelo setor de animais silvestres do Hospital Veterinário da Universidade Metodista, é preciso ter cuidado especial com os furões, que devem receber vacina contra a cinomose ainda filhotes, repetindo a dose mais duas vezes, com intervalo de um mês entre elas. Vale lembrar que o reforço deve ser administrado anualmente. “A vacina deve ser aplicada especialmente quando eles forem idosos devido ao comprometimento da resposta imunológica aos agentes infecciosos”.

Extremamente contagiosa, a cinomose é uma doença viral que não atinge apenas os cães, mas também a família Mustelidae (ariranha, lontra, furão), Procyonidae (quati, guaxinim, jupará) e Viverridae (mangusto e cuíca). Seus principais sintomas são febre, irritação nos olhos, secreções no focinho, tosse, diarréia e vômitos, lembrando que o período de incubação da doença varia de 14 a 18 dias. Além da vacinação, manter a limpeza na gaiola dos animais contribui para a prevenção da doença.

Bem menos grave que a cinomose, outra doença comum nos furões é a gripe. Não há uma vacina para preveni-la, mas algumas medidas podem ser tomadas para evitar a doença. Como o problema é transmissível de ser humano para pet e vice-versa, o ideal é isolar o animal de pessoas gripadas. Manter os bebedouros, comedouros e gaiola sempre limpos também é recomendável. Já os sintomas, a exemplo da gripe humana, são os mesmos: coriza, espirros, perda de apetite, febre e tosse. Nesses casos, o tratamento é medicamentoso, além de procurar oferecer bastante líquido ao animal, que costuma desidratar.

Já a doença mais grave e fatal para os furões é a raiva, que não tem cura, apesar de haver prevenção. Recomenda-se a primeira dose da vacina antirrábica própria para furões no terceiro mês de vida do pet e em seguida, doses sempre anuais.

Entre as aves, o Dr. Celso tranquiliza os proprietários, explicando que não é obrigatória a vacinação nos exemplares silvestres ou exóticos mantidos em cativeiro. A exceção acontece quando há surtos de viroses como poxvirose (bouba aviária), doença de Marek e Newcastle, por exemplo. De qualquer maneira, as visitas ao veterinário não devem ser descartadas. Ele explica que consultas semestrais devem ser feitas, para que o médico examine os pets, bem como dê orientações quanto ao “manejo sanitário, reprodutivo e nutricional dos bichos”.

Para finalizar, o especialista ressalta também que mesmo animais vacinados correm o risco, ainda que raro, de desenvolver a doença pela qual foi imunizado. Nesses, casos, porém, o problema se apresentará bem mais brando e facilmente tratado.

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