Crédito: Reprodução/ Daily Mail
O navio Mary Rose ganhou notoriedade na Inglaterra depois de passar 34 anos em alto mar e resistir a três guerras. Por muitos, foi considerado um navio indestrutível, embora, depois de defender os ingleses da invasão da França, acabou naufragando em julho de 1545, levando junto cerca de 500 tripulantes.
Apesar do Mary Rose ter sido levado à superfície em 1982, até hoje, apenas uma pequena quantia dos cerca de 19 mil artefatos foram descobertos. Tanto que até o momento, o que mais tem chamado a atenção do meio científico não foram os objetos em perfeito estado encontrados recentemente, mas sim o esqueleto de um cachorro, 99% intacto, após quase 5 séculos do naufrágio. De acordo com o site do jornal britânico Daily Mail, “Hatch”, como foi chamado o totó, provavelmente era um SRD (sem raça definida) e foi um dos desafortunados à bordo do Mary Rose, navio de guerra do então rei Henry VIII.
Os especialistas acreditam que Hatch deveria ter entre 18 meses e 2 anos de vida, e era responsável por caçar ratos no navio. Na verdade, a cadela deveria ser muito boa em seu ofício, já que foram encontrados poucos indícios de ossos de roedores no navio. Já quanto a escolha de um cachorro, em vez de um gato para a função, os cientistas explicam que na época, a tripulação era muita supersticiosa e acreditava que criar gatos no convés atrairia má sorte.
Curiosamente, o esqueleto de Hatch está 99% intacto, com apenas poucos dentes faltando e alguns ossos da pata. Atualmente, o cão está em exposição no Cruft’s Dog Show, evento que está na sua 20ª edição e conta com o apoio do Kennel Club britânico. Já para quem quiser fazer uma visitinha ao famoso navio Mary Rose, o mesmo encontra-se em exposição no Portsmouth Historic Dockyard, na Inglaterra.