Crédito: Flickr/CC – TheGiantVermin
Como reza o velho ditado, prevenir é sempre melhor do que remediar. A prevenção é tão importante que, ao se tratar de animais de estimação, ela pode determinar a vida ou até a morte do bichinho. No caso da cinomose, por exemplo, que é uma das doenças mais comuns em cães, e a responsável pelo óbito de 20% deles ao ano, a atenção deve ser redobrada. Além dos donos de cães, os que possuem um mustelídeo em casa, como o furão, também devem ficar atentos.
A doença é adquirida por meio de inalação de partículas virais eliminadas pelo hospedeiro, que pode até ser um humano, muito embora ele não seja contaminado, como explica a dra. Camila Manoel, médica veterinária do Hospital Veterinário Sena Madureira. “O vírus da cinomose é muito semelhante ao vírus do sarampo, mas ele não é capaz de causar a infecção em humanos”. Vale destacar ainda que ambientes contaminados e objetos em contato com animais infectados podem também disseminar a doença para outros animais.
Vacinação e cura
Outra boa notícia é que nem todos os pets correm o risco de contrair a doença. Os felinos e roedores, por exemplo, estão a salvo. Mas o quê fazer então para proteger os cães e furões? A resposta é simples, como orienta o prof. Paulo Salzo, coordenador de Estágio no Hospital Veterinário da Universidade Metodista de São Paulo. “A melhor prevenção consiste na imunização de cães a partir de 45 dias com uma vacina chamada V8 ou V10. Com 75 dias e 105 dias, o animal recebe a segunda e terceira dose”. Ele ressalta ainda que o reforço deve ser anual depois de adultos e que enquanto filhotes, o animal só poderá sair após as três aplicações iniciais.
Os especialistas ressaltam que a cinomose pode sim, levar os pets à morte, principalmente porque ataca o sistema neurológico, causando agressividade e desvios de comportamento, portanto, ficar atento aos sintomas é muito importante. Principalmente porque a última pesquisa Radar Pet revelou que 75% dos donos de animais de estimação só levam o bicho ao veterinário quando apresentam algum problema.
A dra. Camila alerta que a doença pode se manifestar de três formas diferentes: gastrentérica, respiratória e neurológica. “Nesses casos o animal doente pode apresentar vômito e diarreia brandos, que evoluem para tosse, convulsões, secreção ocular e nasal devido à pneumonia, até convulsões e paralisia de membros”.
Já o tratamento é feito com antibióticos, descongestionantes, protetores de mucosa e anti-inflamatórios. Nos casos mais evoluídos da doença, muito embora seja complicada a cura total, tratamentos alternativos com acupuntura e fisioterapia têm se mostrado eficientes na recuperação dos bichos.
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