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Os donos já cansados de presenciar seu amigo peludo atacando a perna das visitas, finalmente, podem ficar tranquilos. Isso porque a solução do problema é mais simples do que parece. Que tal encontrar um parceiro para o bichinho? Assim, ele não teria a necessidade de atacar as pessoas ou ursinhos de pelúcia por aí. E como nem sempre é fácil encontrar um namorado (a) à altura do seu pet, algumas agências de relacionamento e redes sociais têm contribuído nesse aspecto.
Às vésperas do Dia dos Namorados, a comunidade “Agência de Namoro Para Cães”, do Orkut, é uma das mais frequentadas pelos solteirões de quatro patas. O Cocker Spaniel Dimon, de 2 anos, é um deles. Segundo a publicitária Mariana Leivas Lourenço, proprietária do cãozinho, o perfil foi aberto há 15 dias e já conta com o interesse de duas pretendentes. “Ainda não achei uma namorada para ele porque o perfil dele é novo, mas procuro alguém que seja da mesma raça e que tenha uma idade que não vá comprometer a saúde da cachorrinha”, esclarece a carioca.
Com um pouco menos de sorte que Dimon, Bethoven, um Pinscher miniatura de 3 anos, ainda não encontrou sua alma gêmea, mas está confiante, como conta Halis Matozo, dono do animal. “Resolvi procurar uma namorada para ele na Internet, pois é um dos meios de comunicação mais usados, ou seja, as chances de encontrar alguém são maiores”.
Crédito: Arquivo pessoal
Esse foi o mesmo motivo que levou Mariana Leivas a criar um perfil para seu Cocker, que como a própria dona define, é um ótimo partido. “O Dimon é um cãozinho dócil, carinhoso, brincalhão, um pouco teimoso e carente também”. Já Bethoven é mais direto na sua definição: “sou um cão de bom temperamento e muito carinhoso”.
Amor, sexo e DSTs
Apesar da simplicidade de alguns na descrição de suas características, há quem prefira os detalhes mais particulares para fisgar rapidamente o coração de uma cadelinha. O Maltês Billy, por exemplo, se define como “macho, bota macho nisso”, carioca da gema e quatro anos de amor acumulado.
O cãozinho vai além, e conta características importantes, como o fato de ser “limpo, asseado e dono de um olhar muito cativante”. Infelizmente, apesar de suas investidas, o animal aguarda por uma pretendente que preencha suas expectativas. “Não tenho preconceito para o amor. Já que nunca estive com uma fêmea da mesma raça, não tenho esse tipo de exigência”, finaliza.
Apesar do amor não ter preconceitos, a médica veterinária Fernanda Fragata, do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, lembra da importância da análise de alguns detalhes quanto à saúde. Na hora de escolher um parceiro para o animal, o dono deve pedir informações sobre o seu histórico para evitar problemas genéticos nos filhotes, futuramente. “No caso de doenças como displasia, sarna demodécica, entre outros, o cruzamento é contra-indicado”, orienta a especialista.
Crédito: Flickr/ CC – Dragan*
A veterinária alerta ainda para as já conhecidas DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) que também são transmitidas entre os bichinhos. “Infelizmente, a contaminação do parceiro é muito frequente. Existe o TVT (tumor venéreo transmissível), por exemplo, cujo contágio é muito fácil e o tratamento é à base de quimioterapia, e em alguns casos, até a cirurgia”.
Outra doença frequente é a brucelose, que causa abortos e pode levar os animais à esterilidade. A médica alerta ainda que a doença “é uma zoonose, ou seja, pode acometer os donos do animal, causando as mesmas consequências nos humanos”.
E para aproveitar o Dia dos Namorados com segurança, a Dra. Fernanda orienta os donos a manterem sempre em dia a carteirinha de vacinação dos animais e se possível, visitar o ambiente onde o pretendente vive, para só depois, permitir o namoro. Lembrando que a vermifugação também é essencial, principalmente para as futuras mamães.