Crédito: Flickr/ CC – bluebike
O meio científico já contribuiu com grandes avanços no desenvolvimento de robôs ao longo de décadas, no entanto, ainda permanecem questões importantes quanto à locomoção desses futuros “androides”. E com o objetivo de prepará-los para uma vida mais semelhante à de seres humanos, na qual é possível que haja amputações, o biólogo Martin Gross, da Universidade de Jena, na Alemanha, e seus colegas buscaram entender como a natureza resolveu problemas como a perda de membros.
De acordo com o site do jornal USA Today, Gross escolheu o melhor amigo do homem para o estudo, principalmente, porque eles são relativamente fáceis de lidar. Além disso, o cientista observou que cães amputados se adaptam melhor a nova condição. “Meu irmão tem quatro cachorros e um deles tem três patas por causa de um câncer, e ainda é o mais rápido deles”.
Os cientistas usaram um conjunto de 10 câmeras de alta velocidade e infravermelho para analisar como os cães que perderam uma perna de trás ou da frente corriam em uma esteira, durante dois minutos. Marcadores refletivos colocados na pele dos animais permitiram que os investigadores seguissem os movimentos de partes separadas do corpo. Em seguida, eles compararam os resultados com os de cães normais.
Os pesquisadores perceberam que os caninos adotaram diferentes estratégias para caminhar, dependendo de qual perna foi perdida. Especificamente, a perda de uma perna dianteira mostrou-se mais difícil para os cães lidarem.
Ainda segundo o site, se uma perna dianteira está faltando, aparentemente, os membros restantes têm que passar por adaptações para entrar em harmonia. Curiosamente, já na falta de membros posteriores, os cientistas descobriram que as pernas da frente continuaram a agir normalmente.
Os estudiosos suspeitam que o motivo para essa diferença se deve ao fato dos cães colocarem seu peso sobre as pernas dianteiras. Elas são também usadas para frear, enquanto os membros posteriores são usados para dar impulso.