Finlay Holden estava acariciando as costas do tigre de bengala quando o animal se virou e abocanhou a cabeça do menino segurando-a entre suas patas. O garoto só foi salvo porque outros turistas e os funcionários do resort agarraram o felino e bateram repetidamente em sua cabeça com os objetos que tinham nas mãos, como walkie-talkies.
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A mãe da criança, Claire Holden, contou que Finlay gritou histericamente “mãe, faça-o parar!”, chamando a atenção de quem estava por perto.
“Foi horrível”, disse ela. “Todo mundo estava empurrando o tigre e ele não largava. Tudo o que pude fazer foi abraçar Finlay para mantê-lo calmo enquanto tudo aquilo não acabava”, acrescentou a mãe.
Ela disse ainda que sua filha Hannah, de 3 anos, e Finlay tinham ido ver Reno e Paris, os dois tigres do resort no dia anterior. No gramado do hotel também foi vista uma jiboia. “Eu disse a Finlay para ter cuidado e não fazer movimentos bruscos, pois era um animal selvagem”, continuou Claire.
O site do Zebula Golf Estate e Spa, localizado na parte norte da África do Sul, mais especificamente na província de Limpopo, diz que os visitantes podem tocar e tirar fotos ao lados dos animais. “Mesmo sendo filhotes, você pode admirar toda a beleza e a graça, além dos seus inacreditáveis poderes felinos”, conta a página.
Foi exatamente o que aconteceu no caso de Finlay. “A boca do tigre estava completamente aberta sobre sua cabeça. Meu filho e eu ficamos cobertos de sangue. Minha filha viu tudo”, descreve a mãe do menino.
Finlay teve cortes profundos no rosto, pescoço e garganta e ainda passará por uma cirurgia. “Ele está se saindo muito bem na recuperação. Temos muita sorte, pois o animal não pegou sua jugular”, conta Claire.
Ela disse que o resort agora deve reconsiderar as brincadeiras entre felinos e crianças. “Não culpo o tigre e não acho que ele deva ser sacrificado, mas eles deveriam ser bem menores para estarem em contato com as pessoas”, completa.
Brenda Santon, Gerente de Vida Selvagem para a África do Sul e para a Prevenção de Crueldade em Animais, disse ter avisado repetidamente sobre os perigos de deixar humanos brincarem com animais selvagens. “Os pobres animais pertencem à selva e não aos resorts”, comentou Brenda.
O hotel não se pronunciou sobre o caso.