Para Tracey Poole, não faltam motivos para amar cada dia mais a sua fiel companheira Stella. Pela segunda, vez, a cadela salvou a vida da dona diabética.
Se não tratada, Tracey tem chances de sofrer ataques noturnos de hipoglicemia, quando o açúcar de seu sangue entra em baixos níveis, o que pode ocasionar a entrada em estado de coma, com risco de danos cerebrais e até morte.
Crédito: Dailymail.co.uk
A esperta cadela branca e preta precisou dar duro em um dos episódios de hipoglicemia de Tracey, acordando-a rapidamente com lambidas nas mãos e cutucadas no focinho da dona.
Com 41 anos de idade, a mulher, que vive sozinha em Kent, Inglaterra, disse que se Stella não a tivesse despertado logo cedo naquela sexta-feira, poderia ter enfrentado sérios problemas.
“Ela estava lambendo minhas mãos e me cutucando com seu focinho. Ela ficou insistindo até que eu acordasse”, conta ela.
“No começo, não entendi muito bem o que estava acontecendo. Foi quando me dei conta de que estava no início de uma crise de hipoglicemia, mas ainda consegui me levantar e evitar o pior. Meu nível de açúcar no sangue estava incrivelmente baixo. Se ela não tivesse me acordado, teria entrado em coma”, conta Tracey.
Stella já havia salvado a dona sete meses antes, quando Tracey começava a ter um ataque durante o sono.
A cadela de oito anos não teve nenhum treinamento para identificar os sinais de perigo de um ataque de hipoglicemia, mas Tracey acredita que ela desenvolveu este instinto. “Ela é um cruzamento de Jack Russel com Border Collie, por isso é muito inteligente. Somos inseparáveis. Saímos para caminhar todos os dias e nos sentamos juntas no sofá. Ela nunca sai do meu lado”, explica ela.
“Stella é uma verdadeira salva-vidas. Como recompensa por seu comportamento exemplar, ela ganhou uma linguiça. Estou muito orgulhosa e a amo demais”, emociona-se Tracey.
“Ficamos surpresos ao ouvir a história de Stella, por sua esperteza e lealdade ao salvar a vida da dona”, diz Claire Guest, CEO do Medical Detection Dogs, entidade que treina cães para a detecção de condições médicas emergenciais.
“Nosso trabalho proporciona episódios como estes. Encontramos cães com habilidades naturais para detecção de açúcar no sangue. Eles realmente ajudam a alertar sobre o perigo do diabetes”, comenta.
“Ao ensinar os cães a reconhecerem odores associados às ameaças da vida cotidiana, temos um enorme aproveitamento de toda a capacidade olfativa, milhões de vezes mais sensível que a capacidade humana”, finaliza Claire.