Donos de pets no Reino Unido estão fraudando companhias de seguro para receber indenizações. O golpe, de extrema crueldade e covardia, consiste em mutilar propositadamente os animais de estimação para mascarar condições pré-existentes que não são cobertas pelos planos, e até em matá-los.
Crédito: Flickr/CC – daoro
Em alguns casos, os responsáveis forjam o desaparecimento do cão ou gato e comunicam à seguradora o roubo ou desaparecimento.
Esse tipo de crime está crescendo rapidamente; quase quadruplicou no ano passado. De acordo com a Associação Britânica de Seguros, em 2010, o valor das fraudes totalizou o equivalente a R$ 2.806.738,00. Em 2009, R$ 1.178.730,00 foi a quantia levantada pela entidade.
O seguro de pets está se popularizando na Europa e nos Estados Unidos. Só no ano passado, um total de 2,3 milhões de cães e gatos foram segurados no Reino Unido; nos EUA, mais de 332 milhões de dólares (aproximadamente 585 milhões de reais) foram para a indústria de seguro animal.
A Associação Britânica de Seguros está organizando um banco de dados para compartilhar informações sobre os animais segurados no intuito de detectar fraudes; há suspeitas de que veterinários também estejam envolvidos em golpes, pois alguns donos estão pedindo reembolso de tratamentos veterinários que nunca existiram ou que não eram necessários.
Carys Clarke, investigador de fraudes securitárias, diz estar ciente de que muitos donos têm mutilado seus animais para ser ressarcidos pelos danos.
O seguro de pets, até agora pouco conhecido no Brasil, é muito parecido com o de saúde, e cobre eventuais tratamentos veterinários, cirurgias etc., além de indenização em caso de morte prematura. Algumas seguradoras também reembolsam os responsáveis em caso de roubo ou o desaparecimento do animal, evidência de que os bichos de estimação ainda são considerados meras mercadorias.