Chegou a hora de fazer aquela tão sonhada viagem. Afinal, você merece relaxar um pouco e se divertir. Mas como não se preocupar com seus pets, que não irão com você?
Para ficar sossegado e aproveitar as férias, confira algumas dicas para deixar seu amigo bem-amparado e em segurança.
Crédito: Flickr/CC – Aidras
Hospedar em hotel
Hoteizinhos podem ser uma boa pedida para cães, desde que se verifique com antecedência alguns itens. Para Gabriela Toledo, médica veterinária e presidente da PEA (Projeto Esperança Animal), é imprescindível visitar o lugar antes de tomar qualquer decisão para verificar se o seu amigo vai ficar bem-assistido e em segurança.
O ideal é levar seu pet junto com você e observar se ele se sente à vontade no local. “Não adianta nada deixar seu amiguinho em um ambiente aparentemente maravilhoso para você, mas estressante para ele”, afirma a veterinária.
Antes de ir ao local escolhido, pergunte se há um veterinário 24 horas, se o estabelecimento exige a caderneta de vacinação, como será a rotina do seu amigo e quais são as opções de entretenimento. É importante que ele seja estimulado a brincar, pois assim ele dificilmente ficará triste ou estressado durante a sua ausência.
Ao chegar ao hotel, cheque as acomodações onde seu cão vai ficar, – se junto ou separado dos outros animais – a qualidade dos profissionais e, principalmente, se é seguro contra fugas; isso inclui a altura das paredes, a existência de grades e telas etc. Não se esqueça também de conferir a licença de funcionamento do hotel.
Uma dica interessante é informar-se com donos que já hospedaram seus pets; nada como a recomendação de uma pessoa de confiança para corroborar – ou não – sua escolha. “Existem hotéis excelentes e, como em todos os ramos de negócios, há hotéis ruins e até perigosos”, alerta Gabriela.
Ficar em casa
Se você optou por deixar seu bichinho em casa, o ideal é que ele fique em sua própria residência. Isso vale especialmente para os pequenos felinos, que ficam muito estressados em lugares que lhes são estranhos.
“Gatos podem se esconder em locais perigosos e até mesmo fugir”, diz Gabriela. “Ficando em sua própria casa, eles se sentem mais seguros, além de conhecer cada cantinho do ambiente.”
Peça a alguém de confiança, em geral um parente ou amigo próximo, que tenha disponibilidade para visitar seu pet pelos menos duas vezes ao dia. O responsável deve trocar a ração e a água, recolher as necessidades e brincar com seu bichinho. ”Alguns minutos de companhia fazem toda a diferença para ele”, diz a veterinária.
Gatos são muitas vezes subestimados em relação à capacidade de afeiçoar-se à família; muitas pessoas ainda acham que eles se apegam apenas à casa. Mas isso não é verdade. Um bichano tratado com o carinho que ele merece é capaz de seguir o dono aonde quer ele vá, – ao banheiro, à cozinha, ao quarto… – quando ele chega de viagem. Por isso, certifique-se de que seu gatinho ficará com alguém responsável e que goste dele.
Mesmo que seu pet fique em outra casa, deixe seus contatos, o telefone e endereço do veterinário de sua confiança, caso haja algum contratempo. Se seu cachorro ou gato toma algum remédio regularmente, informe a pessoa e dê as instruções de como administrá-lo.
Outra dica importante é alertar o cuidador para que redobre a atenção quando for entrar e sair da casa. “Nessa época de festas e com muitos fogos de artifício, os animais podem fugir por uma pequena fresta na porta ou portão e, assustados, pode realmente ser difícil de recuperá-los.”, orienta Gabriela.
Ainda incipiente no Brasil, os chamados de pet sitters (babás de pet) são comuns na Europa e nos Estados Unidos e consiste numa visita diária à casa do cão ou gato.
Não se trata, portanto, de um passeador de cães, que somente leva seu amigo para passear e, em alguns casos, brincar. E como a oferta ainda é insuficiente para cobrir a demanda, é preciso que se tenha uma boa referência de quem já utilizou o serviço. Nesse caso, também é preciso verificar a qualificação do profissional, experiência na área e amor pelos animais.