A castração ainda é um assunto polêmico entre proprietários de animais de estimação. Por muitas vezes, está vinculada a imagens de cães e gatos gordinhos e letárgicos, ou julgada como “cirurgia cruel” ou um ato de “mutilação animal”. Para acabar com estas dúvidas, o dono do animal precisa diferenciar os mitos das verdades e saber quando o processo realmente é recomendado.
Ajude a evitar histórias de abandono
Para cada filhote que nasce, 15 cães e 45 gatos podem nascer também. Em seis anos, uma cadela e seus descendentes podem gerar por volta de 60 mil filhotes. Já as gatas geram um número maior ainda. Infelizmente, são muitas as pessoas que permitem que seus pets não castrados passeiem sozinhos e que não se importam com o fato de seus animais se reproduzirem sem controle.
Para machos, ajuda a evitar fugas, aquele velho constrangimento do cachorro agarrando as pernas das visitas, a demarcação de território e a incidência de tumores testiculares. Para fêmeas, a castração evita acasalamentos indesejáveis e câncer de glândulas mamárias em fase adulta. Mesmo que a cadela ou gata não viva na rua, o dono precisa ter a consciência de que também deve castrá-la.
Mitos sobre a esterilização
- Obesidade: A castração não deixa o animal obeso. Ela pode aumentar a ingestão de alimento, mas se for controlada pelo dono o peso será mantido.
- Doenças: Fêmeas castradas antes de um ano de idade têm a chance reduzida de desenvolverem câncer de mama na fase adulta.
- Masculinidade: O macho castrado ainda possui interesse pela fêmea no cio, pode chegar até a cruzar normalmente sem que haja a fecundação.
- Filhotes: Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a cadela ou gata não fica frustrada por não ter tido filhotes. Essa característica humana não se aplica aos animais.
- Procedimento: A cirurgia é simples e dura menos de uma hora. Em uma semana, animal já está recuperado.
O reconhecimento de que a esterilização cirúrgica é uma ferramenta eficiente para o controle populacional é um passo muito importante. O animal deixa de ser visto meramente com um objeto que pode ser descartado e passa a ser visto com respeito.