Crédito: Flickr/Creative Commons – Ctwirler12
Infelizmente, ainda existem donos irresponsáveis, que não esterilizam suas gatas e simplesmente jogam suas crias à própria sorte.
E quem não se compadece ao ver um filhotinho perdido na rua? Sem defesas, suscetível a todo tipo de perigo, ele provavelmente não sobreviverá, a não ser que uma pessoa o acolha e se disponha a cuidar dele.
Com algum tempo, disposição e amor, é possível ser sua “mãe postiça” – ainda que de primeira viagem! – até providenciar-lhe um lar responsável.E para ajudá-lo nessa tarefa, leia aqui as orientações de Gabriela Toledo, médica veterinária e presidente da PEA (Projeto Esperança Animal).
Avaliação veterinária
De acordo com Gabriela, ao resgatar o bichinho, a primeira atitude a tomar e levá-lo ao veterinário para avaliar a condições de saúde. Mesmo que o bichano esteja saudável, é necessário separá-los dos outros animais da casa. ”Um bebezinho é extremamente frágil e, muitas vezes, por curiosidade, os demais bichos da casa podem machucá-lo. O ideal é apresentá-lo aos poucos”, diz a veterinária.
Um lugar quentinho
Gatinhos com poucas semanas de vida não conseguem regular sozinhos sua temperatura corporal e, para substituir o calor proporcionado pela mamãe, é necessário deixá-los em um local quentinho e sem acesso a correntes de ar. Gabriela sugere o uso de caixinhas de papelão com cobertas de algodão. “Pode-se utilizar garrafas pet ou até mesmo luvas de borracha com água morna para aquecer os gatinhos”, instrui a veterinária, “não pode ser quente, pois pode provocar queimaduras.”
Alimentação
Filhotinhos não conseguem ingerir alimentos sólidos; por isso, deve-se providenciar leite em pó específico para gatos e mamadeira. O leite de vaca não é aconselhável, alerta Gabriela: “Ele é constituído por substâncias totalmente diferentes das do leite de gata Quando um gatinho toma leite de vaca, ele pode apresentar sérios problemas de saúde, como, por exemplo, a diarreia. E se a ela for intensa e muito frequente, o gatinho rapidamente se desidrata, e pode até vir a óbito.”
Lambidas de algodão
Quando observamos as mamães lambendo a cria, achamos que se trata somente de uma limpeza; no entanto, esse movimento também estimula o funcionamento intestinal e renal dos bebês. Para suprir essa carência, a dica é umedecer uma bolinha de algodão em água morna e esfregar delicadamente a região genital do gatinho – que deve estar com a barriguinha para cima – até que ele urine ou defeque.
Novos amigos
A introdução no convívio com outros animais pode ser feita depois que o filhote completar 45 dias, se tanto ele quanto os demais estiverem saudáveis. “Com essa idade ele já está mais fortinho e espertinho!”, afirma Gabriela.Mas é imprescindível supervisionar essa aproximação. “Nunca deixe um bebezinho ou mesmo um adulto recém chegado sozinho com outros animais. Assim como nós humanos, os bichinhos requerem tempo para se conhecerem e se aceitarem”, conclui a veterinária.
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