Crédito: Divulgação Revista Passarinheiros e Cia
A Unifauna, uma entidade instituída recentemente por meio da união de associações de criação de animais da fauna brasileira, reuniu jornalistas, veterinários, criadores e especialistas em conservação para discutir os obstáculos encontrados pelo setor.
O evento contou com palestras de veterinários de animais silvestres, criadores, entusiastas, advogados especializados em direito ambiental, e mostrou que um grande empecilho para a atividade é a desinformação.
O grande desafio do mercado de criação legalizada de animais selvagens é conciliar lucro com conservação ambiental. Por incrível que pareça, somente a partir de 1967 passou a ser disciplinado por lei a criação e comercialização de animais da fauna brasileira. Antes disso eles podiam ser retirados da natureza sem nenhum tipo de autorização. Nas décadas seguintes, ganhou força a atividade do criador de animais silvestres.
Versatilidade
Crédito: Divulgação UNIFAUNA
O criador atende a diferentes demandas. Além de abastecer o mercado de Pets, também têm um papel fundamental na conservação da fauna brasileira. No entanto, a atividade reconhecida pela constituição e tratados internacionais, não recebe o devido incentivo do governo.
“No Brasil, uma minoria de pessoas vinculadas, em regra, a ONG’s, muitas delas com objetivos duvidosos, resolveu demonizar a criação legalizada e o criador, um absoluto contra-senso”, argumentou o advogado e professor da PUC Minas Allan Helber de Oliveira, que falou sobre as leis que regem a atividade.
Já o Dr. José Maurício Barbanti Duarte, médico veterinário e professor da UNESP, falou do papel da criação legal na conservação e fez ressalvas sobre o processo de soltura, muito defendido por órgãos ambientais. “Sem ter um plano muito bem organizado, a soltura de um animal na natureza pode causar um desastre ecológico, inclusive comprometer a vida dos que já estavam naquele habitat”, disse.
No final do evento, o prognóstico para o futuro ficou muito clara. Conforme a destruição dos habitats se intensifica, o papel do criador de animais silvestres ganhará cada vez mais importância para que o Brasil não perca o que talvez seja o seu maior patrimônio: a sua fauna.
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