A direção do hospital Dr. José Athanásio, em Campos Novos, Santa Catarina, abriu sindicância para apurar o atendimento de um gato na sala de emergência do local. Na última quarta-feira, dia 24 de junho, uma funcionária pública não pensou duas vezes em socorrer seu animal de estimação que estava com problemas respiratórios.
De acordo com o jornal Diário Catarinense, Maria Angélica Soares, veterinária que ironicamente atua na Vigilância Sanitária do município há um mês, decidiu levar Guilherme, seu gato persa ao pronto socorro, após notar que o animal tinha dificuldade para respirar. Antes ela havia ligado para várias clínicas veterinárias, mas todas estavam fechadas, já que era feriado no município. Angélica recorreu a uma farmácia, mas não havia tubo para oxigênio disponível. Desesperada, correu ao hospital.
Guilherme foi atendido por um médico recém-formado, de 21 anos, e mais três auxiliares de enfermagem. Ele recebeu oxigênio durante 10 minutos. Mas o gato não resistiu e morreu ao deixar o hospital.
Marliese da Cass Mecabô, administradora da instituição, informou que todos os equipamentos utilizados no procedimento foram descartados. Além disso, a sala em que o gato foi atendido passou por esterilização, desinfecção e bacterioscopias – exame que detecta se há algum resquício de contaminação – e está temporariamente interditada.
Por enquanto, os profissionais envolvidos ficarão afastados por 30 dias. Maria Angélica, veterinária concursada que está em estágio probatório, será afastada por 60 dias. O médico ainda responderá uma sindicância no Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina. Dependendo da decisão, o recém formado poderá receber uma advertência ou uma censura.
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