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Diabetes também afeta cães e gatos

Nesta quarta-feira, 14 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Diabetes. A doença que tem causa o aumento da taxa de açúcar no sangue, pode estar mais perto do que imaginamos: nos nossos animais de estimação! Assim como grande parte da população, os bichinhos também estão propensos a desenvolverem o diabetes.

Os sintomas em cães e gatos são muito parecidos com os apresentados nos humanos e, quanto antes o diagnóstico for feito, mais eficaz será o tratamento. Por isso, é preciso ficar bem atento caso o bichinho apresente algum sinal de anormalidade e procurar ajuda veterinária imediatamente.

Segundo Karina Gonçalves, médica veterinária e gerente de desenvolvimento técnico pet do Grupo Guabi, os principais sintomas são o aumento na quantidade de água ingerida (polidipsia) causada pela sede excessiva; um maior volume de urina (poliúria) e o emagrecimento repentino, mesmo que o animal apresente aumento em seu apetite. Porém, sem diagnóstico prévio e já em estado avançado, o diabetes pode ocasionar catarata nos cães, que consequentemente, pode gerar cegueira. Já nos gatos, ocorre a neuropatia diabética, ou seja, uma lesão é formada nos nervos em virtude da quantidade de açúcar, ocasionando não só um desconforto, como a uma dificuldade de locomoção do felino.

Apesar de ser uma doença que passa, muitas vezes, imperceptível aos olhos dos donos, o diabetes costuma de desenvolver entre os 4 e 14 anos e a faixa de idade com maior índice de ocorrência é dentre os 7 e 9 anos.

Para quem tem em casa um Poodle miniatura, Samoieda, Pug, Poodle Toy ou um Schnauzer Miniatura, fica um alerta: essas são as raças mais vulneráveis para o desenvolvimento da enfermidade. Outro ponto de alerta vai para quem tem cadelas, as quais têm cerca de duas vezes mais chance de manifestar a doença do que os machos.

Sintomas e tratamento

Nos cães, o mais comum é o desenvolvimento do diabetes tipo 1, onde a principal característica é a perda das células que produzem o hormônio insulina, que é responsável pela captação da glicose sanguínea. “Dessa forma, a maior parte dos cães precisa de insulina como parte do tratamento. A aplicação deve ser realizada sempre nos mesmos horários e na dose correta prescrita pelo médico veterinário”, orienta.

Já nos gatos, o diabetes tipo 2 é o mais frequente e está relacionado ao aumento de peso, o que altera o controle da glicose, surgindo assim, o aparecimento da doença. Segundo Karina, em alguns casos, os gatos não têm a necessidade da reposição de insulina.

Uma vez diagnosticado, o tratamento deve ser feito por um veterinário, que cuidará do monitoramento da taxa de açúcar no sangue, bem como ajustar as doses da insulina e orientar quanto ao tipo de alimentação. “Deve ser oferecido um alimento específico para cada caso e que considere as necessidades nutricionais e metabólicas peculiares dessa doença”.

E para prevenir tanto o diabetes tipo 1 como o tipo 2, é essencial que o bichinho mantenha uma vida ativa e uma dieta regrada, evitando qualquer tipo de guloseima que acabamos não resistimos e dividimos com eles, como queijos, doces e pães. “Uma forma de avaliar se o cão está acima do peso é verificar o acumulo de gordura na região da base da cauda e do abdômen e nos gatos na região da parte da frente das patas traseiras”. Já que o assunto é prevenção, para cuidar da saúde tanto no animal como do dono, nada melhor do que ter uma rotina de passeios e brincadeiras saudáveis, para praticar exercício e evitar não só o diabetes, como o aparecimento de outras doenças.

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