O abandono de animais é um problema que cresce cada vez mais no país. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), em grandes centros urbanos há cerca de um cão para cada cinco habitantes, e 10% deles estão abandonados. Em São Paulo, isso representa 200 mil animais sem um lar, totalizando 30% de animais pelas ruas.
Diversos bichos são recolhidos por entidades e por ONGs, além de cães e gatos que costumam ir para os centros de zoonoses. A PEA (Projeto Esperança Animal) luta pelo fim do extermínio nas carrocinhas, e a própria Organização Mundial da Saúde comprova que a captura e o extermínio de cães e gatos não resolve o problema de animais abandonados, não controla a superpopulação e não é uma medida eficaz no combate às zoonoses.
Os motivos alegados por aqueles que abandonam são os mais diversos e, na maioria da vezes, banais, entre eles: sujeira, velhice, latidos e/ou miados ou falta de adaptação, mostrando que o abandono é resultado de uma compra ou adoção despreparada. Diante disso, é essencial conscientizar a população com campanhas que estimulem a adoção e denunciem o abandono e quaisquer tipos de maus-tratos. A esterilização é também muito importante, pois evita crias indesejadas e contribui para o fim ao ciclo do abandono.
Mesmo assim, se você ainda preferir adotar um cão ou gato de raça, pode se deparar com diversas opções. Isso porque muitos bichos abandonados são de raça e ainda filhotes. A realidade é que o destino desses animais irá depender de pessoas que os encontrem nas ruas.
Como adotar?
Os interessados podem visitar o Centro de Controle de Zoonoses — CCZ — de sua cidade, que dispõem de vários animais. Basta ser maior de idade, apresentar o RG e comprovante de residência. Há a opção ainda de recolher um animal das ruas, levá-lo ao veterinário e medicá-lo.
Antes de adotar, tenha certeza de que você e todos os membros da sua família estejam de acordo com a decisão e que possuam recursos financeiros necessários para manter e criar um animal. Os vira latas são boas escolhas. Se você não tem paciência ou tempo para criar e adestrar um filhote, adote um animal adulto.
Assim que ele chegar, coloque imediatamente uma plaqueta com o nome e o telefone na coleira. Se necessário, faça o RG do animal no órgão público responsável. Com isso, se ele algum dia se perder, você será avisado.
Apadrinhamento e lares temporários
Muitas pessoas gostam de animais, mas não podem trazê-los para sua casa por inúmeros motivos. Pensando nisso, as entidades protetoras criaram uma alternativa para que a população possa ajudar um animal sem necessariamente adotá-lo. O apadrinhamento é justamente uma forma de adoção à distância. O padrinho ou madrinha escolhe o animal que deseja apadrinhar e depois decide por uma quantia mensal – que geralmente varia de R$ 20 a R$ 50 a ser depositada na conta da entidade escolhida. Outra solução são os lares temporários onde os animais ficam em casas de pessoas interessadas e que oferecem hospedagem por dias ou meses para cachorros ou gatos à espera de adoção. Nem sempre um animal encontrado na rua está abandonado, e, sim, perdido. Quando isso acontecer, tente suprir suas necessidades, oferecendo água, comida e abrigo e coloque cartazes em clínicas veterinárias, supermercados, lojas e outros locais de circulação na região onde o encontrou, além de divulgar na internet.
Se o animal estiver com uma plaqueta e um número de registro, procure o Centro de Controle de Zoonoses ou entidade similar localizada em sua cidade. Em alguns casos, o tempo máximo de permanência nesses centros é de três a cinco dias. Depois disso, o animal poderá ser sacrificado.
Em abrigos, ONGs e grupos de proteção, conhecemos histórias de cães que são resgatados por entidades ou clínicas veterinárias. Depois passam por processos de adoções mal sucedidas onde os donos os devolvem até os animais conseguirem encontrar um lar com todas as condições de hospedá-los. Por outro lado, há histórias de adoções que dão certo. Foi o que aconteceu com a cadela Menina, atingida por uma bomba caseira, em julho deste ano. Com mais de 200 pedidos de adoção e após ter perdido a audição devido ao acidente, o animal vive atualmente em um sítio na região de Campinas.
Grupos de proteção e abrigos
Existem inúmeros sites de doação localizados na maioria das cidades. Veja alguns deles abaixo. Vale lembrar que muitos petshops também realizam feiras de adoção periodicamente, informe-se no seu bairro.
Serviços
Aliança Internacional do Animal (AILA):www.aila.org.br
Associação Bem-Estar Animal Amigos da Célia (Abeac): www.abeac.org.br
Bicho no Parque: bichonoparque.com.br
Adote um Miau: adoteummiau.blogspot.com.br
Aqui Tem Cão: aquitemcao.blogspot.com.br
Centro de Controle de Zoonoses: www.prefeitura.sp.gov.br/probem
Vira-Lata é Dez: www.viralataedez.com.br
Anjos dos Bichos: anjosdosbichosdoacao.blogspot.com.br/
Clube dos Vira-Latas: www.clubedosviralatas.org.br/
Olhar Animal:www.olharanimal.net/adotarcaesa-gatos/eventos-de-adocao