Quantas histórias e mitos sobre os gatos nós já escutamos? Não é de hoje que eles têm muitas e muitas vidas e insistem em cair de pé e não importa a altura? Esses e tantos outros mitos que rodeiam os felinos muitas vezes são mal interpretados e podem até prejudicar a vida desses amáveis pets.
Mito 1: gatos não gostam de água
Um dos mitos que não devem ser levados ao pé da letra é que gatos não gostam de água. Existem algumas raças que gostam muito de água e até procuram torneiras e vasos sanitários para se satisfazerem, tudo é questão de costume. O que muitas pessoas confundem é o fato dos gatos estarem sempre se lambendo. Eles passam cerca de 30% da sua vida se limpando, por mais que tenham acabado de voltar do banho no veterinário. Portanto, a ida ao pet shop pode ter rendido alguns arranhões no especialista, mas o motivo não precisa ser necessariamente o não gostar de água.
Mito 2: gatos têm sete vidas
Para nós, amantes dos gatos, seria maravilhoso se eles tivessem sete vidas, uma após a outra, assim nos acompanhariam até ficarmos velinhos, mas infelizmente esse mito é um dos mais inconsistentes que existem. Os gatos domésticos vivem em torno de 15 anos, salvo não ficarem doentes ou fugirem de casa sem ninguém descobrir o paradeiro.
Mito 3: gatos enxergam no escuro
Também é mito dizer que gatos enxergam no escuro? Sim. A verdade é que eles têm uma visão seis vezes melhor que a dos seres humanos à noite. Porém é preciso ter um pouquinho de luz para que eles aumentem o poder de visão. Além disso, eles são bons ouvintes também, já sua audição é mais sensível que a do homem, chegando até 65 khz (quilohertz), enquanto que os humanos ouvem até 20 khz.
Mito 4: gatos provocam alergias e transmitem toxoplasmose
Relacionado à saúde, os gatos são sempre os maiores vilões. Eles provocam asma em crianças? Transmitem toxoplasmose a gestantes? Todas essas afirmações dadas por aí é mito. Pessoas que já têm asma e estão em um ambiente novo que tenha gatos podem ter uma crise alérgica, mas o que ocasiona essas crises é a saliva do animal e não os pelos. Muitos estudos médicos também já comprovaram que crianças que convivem com gatos têm menor risco de desenvolverem alergias ao longo da vida, como você pode ver nesta reportagem:
petmag.com.br/13711/gatos-podem-ajudar-a-prevenir-asma-e-alergias-em-criancas
Já toxoplasmose é transmitida por meio de um processo muito peculiar. Primeiramente o gato deve ser portador do parasita (e somente cerca de 1% de gatos no mundo todo é). Em seguida, a mulher grávida tem que deixar a caixinha de areia do animal sem limpar por aproximadamente três dias, além ter contato físico com o cocô do animal para, depois, levar a mão suja à boca. Ou seja, não é algo que pode acontecer com qualquer um ou com frequência, certo? Falta de higiene em casa não pode ser considerada culpa do gatinho. Os gatos só são os apontados como “culpados” pela toxoplasmose porque o parasita se reproduz neles, expelindo os ovos por meio das fezes, mas esta não é uma doença tão fácil de ser contraída nem tão comum no ambiente para que se aponte o gato como o vilão.
Mito 5: gatos caem sempre em pé
Respondendo a pergunta feita lá no começo do artigo, os gatos caem em pé se a distância mínima for de 60 centímetros para que ele consiga se virar a tempo. Independente da altura, o tempo da queda deve ser suficiente para que o gato vire e se prepare para a queda amortecendo o corpo. Mesmo assim, isso não quer dizer que ele pode cair de qualquer altura, podendo assim machucar as patinhas ou mesmo sofrer um acidente fatal. Portanto, todo cuidado é pouco, pois os bichanos, assim como qualquer animal, não podem saltar de grandes alturas sem que se firam seriamente.