O que faz a diferença para você na hora de adotar o animal? Esta é a principal reflexão proposta na campanha de Daniel Guth e Julia Bobrow, autores do livro “Desistir nunca foi uma opção- O amor incondicional à cachorra de rua que emocionou o Brasil”.
Intitulada de “O que faz a diferença para você”, a ação tem o objetivo de incentivar a adoção de cães e gatos com algum tipo de deficiência, provenientes de agressões ou doenças que prejudicaram a locomoção destes animais. A campanha também reforça o quão gratificante é conviver com um animal que se supera diariamente, acompanhando suas maneiras de adaptação frente as dificuldades, sem auto-piedade.
Inserida no mundo virtual, o projeto publica semanalmente na página do Diário de uma Mocinha(https://www.facebook.com/DiarioDaMocinha) um depoimento da relação de tutores com seus animais, intercalando com a divulgação daqueles que ainda esperam o feliz momento de se incorporar a uma família.
A comunicação desta campanha apresenta uma provocação que obriga os leitores a refletirem: Afinal, o que faz diferença? O jeito de galã de um gato ou sua tetraplegia? O topete de um cão ou uma pata amputada? O que os diferencia: suas qualidades ou alguma deficiência?
De acordo com Julia Bobrow o projeto foi motivado pela sua experiência com a Mocinha, cachorra resgatada pelos autores que, após um ano, teve uma doença degenerativa que a levou a tetraplegia. “Foi a partir desta experiência maravilhosa que resolvemos estimular a adoção de animais que são historicamente preteridos na fila por uma família. O preconceito que existe entre humanos também se manifesta entre humanos e animais. Cães idosos, negros ou deficientes, por exemplo, têm bem menos chances de serem adotados do que seus irmãos de características opostas”, afirma Julia.