Adotar é um ato de amor. E dedicar-se a outro ser vivo, dando-lhe afeto, cuidados e atenção, é parte disso. É uma alegria ver como cães e gatos têm conquistado um lar acolhedor, que os protege dos maus tratos das ruas.
Tomo como exemplo, o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo que promove adoção responsável com o objetivo de conseguir uma família para os cerca de 400 cachorros e gatos que vivem por lá, recolhidos das ruas da cidade. São filhotes, adultos, idosos, de pelagem curta, longa, de cores e portes variados e alguns com deficiências físicas.
Para quem milita pela proteção animal esta é uma iniciativa de grata satisfação, especialmente para mim. Desde que foi aprovada, em 2008, a Lei Feliciano (lei estadual 12.916), que proíbe a matança indiscriminada de cães e gatos saudáveis nos Centros de Controle de Zoonose, Canis Públicos e congêneres no estado de São Paulo, esses animais passaram a ter outra chance de vida.
Um ponto fundamental desta lei foi ter criado um caminho jurídico que possibilitou a instituição de políticas públicas nos municípios, como castração e identificação dos animais, em convênio com o governo do estado. Com a Lei Feliciano, as prefeituras tiveram que investir em locais adequados para recolher e tratar os animais, deixando-o em condições ideais para serem adotados, após serem castrados e identificados.
A lei criou ainda a figura do “cão-comunitário”, que protege e evita o recolhimento daquele bichinho que vive na rua mas é cuidado pelos moradores locais. Apesar de não ter um tutor fixo, todos zelam e têm amor por ele. Não pode, assim, ser considerado abandonado.
A abrangência da lei e os resultados que ela tem trazido aos municípios paulistas fez com que já fosse adotada em 12 estados. Mas hoje, o que queremos é que todos participem da festa. A adoção responsável contribui para a redução do número de animais nas ruas, previne agressões e maus tratos, além de acidentes de trânsito.
Os animais do CCZ são vacinados, castrados, microchipados, tratados contra pulga e carrapato, além de vermifugados. Os interessados em adotar passam por entrevista com funcionários do setor de adoção. Se aprovado, o animal será registrado em nome do adotante, que precisa ser maior de idade. É necessário apresentar CPF, RG e comprovante de residência e pagar taxa municipal R$ 17,15. E para o transporte do bichinho não esqueça de levar coleira e guia para cães e caixa de transporte para gatos.
O Centro de zoonoses também realiza eventos temáticos, onde, em clima de descontração, as pessoas podem conhecer com calma os bichinhos e se apaixonar por eles. Estes eventos são realizados todos os meses – com exceção de julho e agosto, quando é promovida a campanha de vacinação.
Mas é bom lembrar que o CCZ fica aberto ao público para adoção dos animais, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, e aos sábados, das 9 às 15 horas, com exceção dos feriados.
Informações podem ser obtidas pelo telefone: (11) 3397-8900.