Apesar de incômodo, o corte das asas não machuca as aves, e ainda impede que o pássaro voe e fuja. Mas para o sucesso do procedimento, o dono deve ter cautela e cuidado para não cortar mais que o necessário. A ajuda de um auxiliar também é válida na hora de abrir as asas do animal.
Crédito: Ilustração: Danilo Monteiro
Estima-se que o correto é cortar de 7 a 8 penas de voo primárias de uma das asas, lembrando que não é necessário o corte das duas asas (se a ave for muito forte, recomenda-se cortas as duas). As penas primárias são as mais novas, que ficam por baixo, são maiores que as outras e possuem uma camada de queratina na base. Elas ficam na extremidade das asas e são muito sensíveis, podendo sangrar caso o corte seja feito muito rente.
Para acertar no corte, procure posicionar o pássaro de costas e abrir delicadamente suas asas. Comece da ponta da asa para baixo, cortando cada pena na metade, mais ou menos. Vale lembrar que o dono só deve aparar novamente a ave na época de muda do ano seguinte.
Caso uma pena nova se quebrar ou for cortada, vai ocorrer o sangramento, e se em alguns minutos não parar, o dono deve arrancá-la totalmente. O procedimento vai ser dolorido para a ave, mas não há outra alternativa.
Nesse momento, o importante é não entrar em pânico, O dono deve tentar acalmar a ave e pressionar uma gaze com um pouco de pó anti-hemorrágico (pó de café também é utilizado) no ferimento. Caso o sangramento não pare, o animal deve ser levado a um veterinário.