David Mooney, bioengenheiro, professor da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas e membro do Instituto Wyss de Engenharia Inspirada pela Biologia da Universidade Harvard sempre teve o desejo de desenvolver uma vacina para prevenir o surgimento de cânceres em cães e gatos.
Porém, o profissional resolveu ampliar a sua área de atuação ao buscar uma vacina contraceptiva e permanente aos pets, substituindo assim cirurgias de castração, que costumam ser caras e bastante invasivas.
O projeto já ganhou financiamento de US$ 700 mil de uma organização não-governamental, além de US$ 14 milhões de uma ONG americana, que busca reduzir o número de animais sacrificados em abrigos.
Já a ONG “Michelson Found Animals Foundation” ofereceu US$ 14 milhões em financiamento para criar o anticoncepcional, e uma verba de US$ 25 milhões para a primeira instituição que conseguir cumprir a tarefa de uma maneira não invasivo, permanente e de baixo custo.
“Estamos interessados em explorar diferentes aplicações para nossas tecnologias de vacinas”, afirma Mooney. De acordo com o cientista, “o princípio da contracepção em animais é bastante similar ao dos humanos”. “O problema é que, no caso dos animais, é preferível adotar um contraceptivo permanente, em vez dos métodos temporários”, comenta.
Ele ainda explica que “seria muito difícil dar contraceptivos orais temporários para animais, e praticamente impossível para animais de rua”. Dessa forma, um tipo de contracepção constante seria mais aproveitado.
A ideia é utilizar tecnologias de vacinas do tipo imunoterápicas contra o câncer, para estimular o sistema imunológico do animal a produzir anticorpos e a inibir também seus processos de reprodução.