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A guerra dos clones… caninos

CC Steve Jurvetson - Animais clonados posam para foto: empresas competem pelo promissor mercado da clonagem de pets title=Animais clonados posam para foto: empresas competem pelo promissor mercado da clonagem de pets
Crédito: CC Steve Jurvetson

Desde que a ovelha Dolly foi clonada em 1996, cientistas já replicaram diversos tipos de animais, como gatos, macacos, moscas, coelhos, vacas e lobos. Porém, os animais mais clonados comercialmente são os cachorros, uma das espécies mais difíceis de efetuar o processo.

A Coréia do Sul é o país que mais realizou com sucesso a clonagem de cães. Estima-se que as duas principais empresas do ramo tenham clonado mais de 100 cachorros. A grande maioria dos clientes são norte-americanos, muitas vezes, desejando clonar um animal querido que faleceu.

A RNL BIO, empresa na qual trabalha o cientista Lee Byeon Chun, que em 2004 se tornou o primeiro a clonar um cachorro, vendeu um filhote de Pit Bull Terrier por 50 mil dólares para um cliente americano. Outro laboratório de Seul, a Sooam Biotech Research Foundation, apareceu nos noticiários internacionais em fevereiro deste ano ao clonar o labrador “Lancey” para um casal da Flórida por 150 mil dólares.

Devido às dúvidas éticas com relação à prática, e aos preços exorbitantes, grande parte dos animais clonados são “cães de serviço”, como animais farejadores que buscam drogas em bagagens. Os laboratórios também clonam raças que estão à beira de desaparecer. A Sooam, por exemplo, clonou 17 Mastins Tibetanos em 2008. Além disso, os cachorros possuem mais similaridades de padrões de doença com o ser humano do que qualquer animal, fora os ratos. Portanto, os cães podem se tornar um valioso recurso para a pesquisa médica.

Porém, o pequeno mundo de clonagem canina está se tornando extremamente competitivo. A americana Bio Arts International, ligada à Sooam, alega que a RNL BIO utiliza sua tecnologia patenteada sem pagar seus direitos. Já a RNL BIO afirma que utiliza uma patente própria, criada especialmente para cães. Outros laboratórios do país também estão aperfeiçoando suas próprias técnicas, a fim de entrar no mercado.

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