Apesar de duas décadas terem transcorrido desde o acidente nuclear na usina de Chernobyl, na antiga União Soviética, atual Rússia, a radiação ainda provoca vítimas. De acordo com a revista especializada Biology Letters, houve um declínio na população de insetos e aranhas da região associado à contaminação. As espécies mais afetadas são de abelhas, borboletas, gafanhotos, libélulas e aranhas.
A pesquisa foi realizada pelo professor Timothy Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, e por Andrés Moller, da Université Paris-Sud. Os dois, que já haviam publicado um estudo sobre a relação entre o impacto negativo sobre as populações de passarinhos, pretendem expandir a cobertura aos outros animais também.
Para medir a quantidade de insetos e aranhas no local, os pesquisadores utilizaram técnicas ecológicas padrão, ou seja, dividiram a área em linhas e contaram o número de insetos e teias de aranha encontrados ao longo dessas linhas. Ao mesmo tempo, eles utilizaram GPS e aparelhos para medir os níveis de radiação.
O local estudado é uma zona de exclusão que se encontra ao redor da usina, e foi evacuada desde o vazamento nuclear. Atualmente, não há praticamente seres humanos vivendo por lá.