Akane é um Corgi japonês que andava pelas ruas de Austin durante o SxSW, no mês passado. Ele compartilhava com todos ao seu redor os seus sentimentos, estando muitas vezes alegre com a presença dos visitantes e outras vezes calmo ou concentrado em alguma coisa. Akane era um promotor da INUPATHY, uma empresa de tecnologia do Japão.
Com seu colar, Akane usava cores para demonstrar o que estava sentindo, facilitando a “conversa” com os humanos e o monitoramento de sua saúde. Este colar media seus batimentos cardíacos e entendia as variações entre eles como sentimentos específicos. Mas o cãozinho não é o único animal do mundo utilizando de tecnologia para ser entendido.
Na Austrália, alguns pesquisadores da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization, departamento do governo responsável por pesquisas, estão utilizando de microaparelhos de GPS para monitorar o movimento e comportamento das abelhas. Entendendo sua rota de voo e coleta, os pesquisadores conseguiram dar um passo a frente no entendimento do risco de extinção da espécie.
Outro animal que está se beneficiando da tecnologia é Melinda, uma vaca canadense que tem um sensor no estômago para medir sua temperatura e o nível de acidez do suco gástrico. O estudo garante a qualidade de vida do animal, além de melhorar a produção de leite na fazenda ao entender qual tipo de pasto é mais saudável.
Este tipo de tecnologia está se popularizando e um estudo recente do SxSW mostra que já existem 141 empresas fornecedoras de aparelhos de monitoramento de animais. Esse número só cresce.
O que isso significa? Mais dados e mais conhecimento. Com os animais gerando informações sobre eles mesmos e com os cruzamentos de fontes, as pesquisas biológicas avançam e até poderemos compreender melhor o comportamento dos animais em relação a outras espécies e à nossa interferência no ecossistema deles.
Fonte: Update or Die