As leis australianas sobre cães e gatos estão sendo revisadas após um aumento nas reclamações sobre animais abandonados. Gatos podem ser proibidos de caminharem ao ar livre durante certos horários, segundo as novas leis. A iniciativa visa lidar com o número crescente de animais sem lar na Austrália.
As mudanças propostas podem fazer com que os felinos sejam forçados a permanecer em ambientes fechados permanentemente ou recebam toques de recolher que os proíbam de ter acesso a áreas externas entre o nascer e o pôr do sol.
Roz Robinson, que dirige a Cat Haven, disse que a organização de bem-estar animal apoia a manutenção de gatos de estimação dentro de casa ou em recintos fechados. Ela também pede que a idade de esterilização obrigatória seja reduzida de seis para três meses.
A revisão da lei também pode resultar em penalidades mais severas para os donos de cães barulhentos ou perigosos. Os hospitais em Perth tratam cerca de 25 pessoas por semana em média por causa de mordidas de cães.
Desde 2013, a punição para donos de cães cujos animais de estimação atacam pessoas ou outros animais foi aumentada para uma multa máxima de 10.000 dólares australianos (equivalente a 26.000 reais) ou 12 meses de prisão.
Um documento divulgado ao público diz que as penalidades “podem não ser altas o suficiente para fazer com que algumas pessoas honrem suas responsabilidades ao possuir um cachorro”.
A Associação Australiana de Guardas Florestais da Austrália (WARA) apoia multas mais altas em casos de ataques de cães e quer que os donos de cachorros barulhentos sejam punidos. Eles também pedem maior clareza sobre raças restritas, como cruzamentos de Pit Bull.
“O governo está empenhado em garantir que esta legislação importante esteja atualizada e adequada ao controle e gestão de cães e gatos na Austrália”, disse o ministro do governo local, David Templeman.
“A partir do incentivo à posse responsável de animais de estimação, esperamos manter a comunidade e outros animais seguros, reunir animais de estimação perdidos com seus donos e, assim reduzir o número de pets admitidos em abrigos e sacrificados. É uma legislação que afeta toda a comunidade”, acrescentou.