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O albinismo no mundo animal

Guilherme Solari - Uma píton albina: animais que não sobreviveriam na natureza acabam sendo selecionados como pets title=Uma píton albina: animais que não sobreviveriam na natureza acabam sendo selecionados como pets
Crédito: Guilherme Solari

Enquanto para os humanos ser albino é um problema, seja por causa do preconceito, ou devido aos problemas de proteção dos raios solares, no caso dos pets, é motivo extra para serem levados para casa. Os amantes de animais apreciam os bichos brancos, o que incentiva cada vez mais os criadores a induzirem o cruzamento entre albinos.

A doença é caracterizada pela deficiência de melanina, substância responsável pela coloração da pele, olhos e pelos. No caso dos bichos anormais, justamente por não possuírem pigmentação na pele, estão mais propensos a serem descobertos por seus predadores, tendo poucas chances de sobrevivência fora do cativeiro. A incidência de câncer de pele nos animais também é maior.

Vale lembrar, contudo, que nem todos os animais de coloração branca são albinos. Esse é um erro muito comum aplicado aos elefantes brancos na Tailândia e ao gado branco indiano por exemplo. Eles são chamados na biologia de leucísticos (brancos), e ao contrário do que se imagina, apresentam melanina.

Esse é o caso de algumas raças de cachorros e gatos também. O Maltês, Poodle, entre outros, podem apresentar coloração branca, mas não são albinos. De qualquer maneira, vale lembrar que, mesmo que tenham melanina, esses animais precisam de proteção extra, principalmente no focinho e orelhas – geralmente rosados – e mais sensíveis ao sol.

Renata Gaspar Vieira, veterinária do pet shop Au Pet Store, aconselha que nesses casos o uso de protetor solar seja frequente. “Existem no mercado produtos específicos para animais, mas protetores destinados a bebês também podem ser utilizados”.

Já os ratos, coelhos, pombos e galinhas são animais onde o albinismo se manifesta com mais frequência. De acordo com Giuseppe Puorto, especialista e coordenador do Museu Biológico do Instituto Butantan, há casos de répteis albinos também, porém, extremamente raros, e quando aparecem, são muito procurados pelos amantes de animais. Além da ausência de cor, os olhos avermelhados (devido ao sangue que circula no globo ocular sem cor) indicam a doença.

Em 2009, o Brasil já contabilizou a existência de duas dessas raridades. Dos 300 mil filhotes que nasceram na Reserva Biológica do Abufari, no Amazonas, duas graciosas tartaruguinhas surpreenderam e atraíram as atenções por sua coloração branca. Para ter mais chances de sobrevivência, as albinas precisaram ser criadas em cativeiro.

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