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Cães farejadores de celular

11_caes_farejadores_de_01O Labrador Troy e o agente penitenciário fazem busca por celular em cela de Albert Wagner
Crédito: mybctnow.com

Há 18 meses, o presídio de Albert Wagner, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, recebe visitas frequentes de Pastores Alemães e Labradores. Empolgados e sempre dispostos, diariamente, os animais são levados às celas para trabalhar. O objetivo é encontrar telefones celulares escondidos no local. Acompanhados por agentes carcerários, os cães saem cheirando todos os cantos, já que uma lei impede que os cachorros farejem pessoas. E nada escapa dos focinhos ansiosos: colchões, fronhas, roupas, armários e travesseiros. Tudo é cheirado pelos cães que passaram por 14 semanas de treinamento.

Segundo o site “MSNBC”, apenas no ano passado, os animais encontraram cerca de 400 aparelhos, 126 carregadores e nove baterias. Atualmente o grupo de cães farejadores de celular é composto por sete Pastores Alemães e Labradores. Um Golden Retriver foi testado, mas foi reprovado, já que, de acordo com os agentes, ele chegava na cela e deitava.

Nem todos os animais treinados para esta função passam a trabalhar na prisão. Alguns fatores prejudicam o desempenho desses cães, como chão de grade (alguns têm medo de pisar), barulho, cheiro de comida, e até altura, já que algumas celas estão localizadas no terceiro ou quarto andar.

Mas como é possível que um cachorro encontre um celular? Afinal, este aparelho tem cheiro? Segundo um dos agentes entrevistados pela revista “The New Yorker”, a resposta é sim. De acordo com o profissional, todos os celulares possuem uma substância orgânica perceptível ao olfato canino. Ele ainda completa afirmando que os animais treinados podem encontrar o aparelho (e os acessórios como baterias, carregadores, fones, chips, entre outros) mesmo na água, em meio à manteiga de amendoim ou óleo.

11_caes_farejadores_de_02Bosco procura por aparelho na cela coletiva em Nova Jersey
Crédito: mybctnow.com

Para os cachorros, o trabalho não passa de diversão, já que cada vez que encontram um aparelho são recompensados com muita festa. Mas para chegar a ocupar um posto de farejador de celular é preciso passar por árduo treinamento. Um dos exercícios é fazer com que o cão busque 200 vezes um celular lançado pelo treinador, todos os dias.

Além dos bichinhos, a penitenciária de Nova Jersey está tomando outras medidas, como tirar máquinas automáticas que vendem salgadinhos, já que alguns familiares colocam celulares nos pacotes que serão entregues aos prisioneiros e scaners não invasivos para localizar o aparelho nos detentos. Mas mesmo assim, os celulares teimam em aparecer no local. Como? Dentro de potes de manteiga de amendoim, aeromodelos, flechas, Bíblias, e também dentro do corpo, principalmente quando recebem visitas das namoradas e esposas.

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