Crédito: Flickr/CC – e³°°°
Nos filmes e nos desenhos animados eles são fofos e encantadores. Dá até vontade de levar um para casa. Mas ao vivo a história muda. Eles perdem todo o carisma e doçura. Tornam-se asquerosos, sujos e um possível transmissor de doenças. Mas há quem consiga enxergar além da aparência e descobre um pet companheiro, leal e muito limpinho. Mas afinal, de quem estamos falando? De um ratinho!
Eles ainda são minoria, mas já aparecem nas pesquisas de animais de estimação, como a Petside.com.poll, realizada em outubro do ano passado, pela Associated Press. De acordo com os questionários respondidos, 60% dos norte-americanos têm um bichinho de estimação em casa. Desse total, 74% são cães, 47% gatos, e 3% são roedores como ratinho, camundongo, hamster e gerbo.
E os fãs desses pets são tão fervorosos que até criaram associações, como a American Fancy Rat and Mouse Association, localizada em Riverside, nos Estados Unidos. E Dale Burkhart, a vice-presidente da associação, declara porque gosta tanto desses bichinhos: “ter um ratinho é saber que para sempre o seu coração irá andar do lado de fora do seu corpo, sobre quatro pequenas patinhas”.
Segundo Debbie Ducommun, autora de vários livros sobre roedores e especialista no assunto, em média, um ratinho vive de dois a três anos. Debbie domina tanto o assunto que é conhecida internacionalmente como “The Rat Lady” (algo como a lady/dama rato) e deu consultoria ao filme Ratatouille.
De acordo com Stephen Zawistowski, vice-presidente executivo e conselheiro científico para programas nacionais da ASPCA, a maioria dos fãs de ratos costuma criar uma colônia de ratos. Mas isso não significa que a pessoa não tenha um bichinho preferido, especial, entre tantos roedores.
Jenna Lillibridge, diretora do Any Rat Rescue, concorda que todos têm um ratinho predileto e explica sua preferência por Aries, uma ratinha muito afetuosa e deficiente visual. “Ela ama as pessoas. Ela dorme comigo, ou melhor, em cima de mim. Ela sobe pelo meu tornozelo, ou pelo lado e se aconchega no meu pescoço”, derrete-se Jenna.
Em entrevista a Associated Press, Lady Rato diz que na Califórnia é muito comum ter um rato como pet. “Pode parecer estranho criar um rato, mas ferrets, gerbos, porco espinho e outros pets exóticos são proibidos na Califórnia, então os ratos não têm tantas opções para competir”.
Ainda de acordo com a especialista, os ratos são espertos porque são, ao mesmo tempo, presa e predador. Eles também são donos de um dos sistemas digestivos mais fortes do mundo, por isso são tão destrutivos e também difíceis de eliminar.
Antes de sair correndo para a pet shop mais próxima e comprar seu ratinho, lembre-se que uma fêmea pode ter até 20 filhotinhos de uma só vez. Na natureza o bichinho é mais selvagem, e chega a morder, já que precisa se defender e competir com outros ratos para conseguir comida.
Os ratos são muitos sociáveis, assim como seus donos. Pelo menos nos Estados Unidos as associações costumam organizar vários eventos para encontros, confraternizações e até competições.
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