Crédito: Reprodução / WTNH
Oscar pode ter perdido uma de suas sete vidas, mas a suas novas próteses nas patas podem torná-lo o primeiro gato biônico do mundo. Segundo o site do canal WTNH, depois de perder as suas duas patas traseiras em um encontro desagradável com uma colheitadeira, em outubro, o gato preto de olhos verdes foi equipado com pinos metálicos que ligam os tornozelos aos pés. Totalmente adaptado, Oscar já salta sobre obstáculos, como rolos de papel.
Após o acidente, que aconteceu quando o bichano de dois anos foi se espreguiçar ao sol, no Canal Britrânico Isles, seus donos, Kate e Mike Nolan, o levaram a seu veterinário local. No entanto, o médico encaminhou Oscar para o dr. Noel Fitzpatrick, um cirurgião neuro-ortopedista, na cidade de Eashing, a 56 km de Londres.
Juntamente com os peritos de engenharia biomédica, Fitzpatrick colocou dois implantes de metal no gato. Mas, primeiro, ele cobriu as próteses de cor marrom com fita preta, para combinar com o pelo de Oscar.
Os implantes metálicos são fixados ao osso onde o felino perdeu suas patas e foram revestidos com uma substância que ajuda as células do osso crescer diretamente sobre eles. A própria pele do gato cresceu ao longo do final do pino, formando uma vedação natural para prevenir infecções.
Após o treino de reabilitação, que ensinou Oscar como voltar a andar, o animal estava sobre as quatro patas, em menos de quatro meses. Os proprietários de Oscar disseram que esperam que as novas patas também ajudem no desenvolvimento da tecnologia de próteses para seres humanos.
“Este é um gato muito sortudo”, disse o dr. Mark Johnston, um veterinário porta-voz da Associação Veterinária Britânica de Pequenos Animais. “Dar a um gato membros artificiais é uma solução muito nobre”. Johnston disse ainda que, embora existam muitos gatos e cães de três pernas, animais que perdem duas pernas, geralmente, não se saem tão bem.
Segundo ele, cães podem lidar melhor com algum tipo de cadeira de rodas para as suas pernas traseiras, mas os gatos não costumam se adaptar devido ao seu estilo de vida livre. “Se um felino tem duas pernas que sofrem danos irreparáveis, é muito difícil mantê-lo, nesse caso, nós geralmente usamos a eutanásia”.
Blunn Gordon, chefe de engenharia biomédica na Universidade College London, que liderou o esforço para desenvolver as patas de Oscar, disse que elas custaram cerca de três mil dólares, sem contar os custos da cirurgia em si.
Johnston também disse que os próximos seis meses a um ano serão cruciais para o felino. Ele explicou que os veterinários terão de acompanhar de perto o bichinho para ter certeza de que ele não tenha infecções, úlceras ou problemas de circulação. “Isso pode não durar para sempre, mas mesmo se você fornecer ao gato alguns anos de mobilidade sem dor, pode muito bem valer a pena”, finalizou.