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Não são apenas crianças e idosos que merecem atenção redobrada quando o assunto são as baixas temperaturas. Apesar do inverno ainda não ter chegado, o clima tem esfriado, o que aumenta a incidência de problemas respiratórios entre cães e gatos. De acordo com o Dr. Milton Kolber, Prof. Dr. de Patalogia Clínica da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Metodista, sobretudo gatos mais velhos e os mais novos, sofrem com as “agruras das mudanças de temperatura”.
Segundo ele, os problemas mais comuns são os respiratórios, como a rinotraqueíte infecciosa felina. “A doença é causada por uma herpes vírus que pode levar à pneumonia, se não tratada”, esclarece o médico. Os sintomas mais comuns são: espirros, depressão, febre, corrimento nasal (seroso a purulento), falta de apetite e até mesmo alterações oculares como a ceratoconjuntivite.
José Naspitz , médico veterinário e ouvidor do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo, chama atenção também para o fato de que não são somente gatos que sofrem com o frio. “A tosse dos canis tende a surgir nas épocas mais frias, e pode ser evitada com medidas simples como a vacinação”. Ainda de acordo com o médico, além de problemas respiratórios, animais com artrose ou hérnia de disco sofrem de dores mais intensas nesses períodos de clima frio.
Também é unanimidade entre os especialistas que animais bem nutridos e com sistema imune bem adaptados e vacinados sofrem menos possibilidade de ficarem doentes, apesar de não existir vacina ainda 100% eficaz no mercado. “Não se deve esquecer que não lidamos com uma simples máquina, mas com um organismo animal que possui características próprias de respostas às agressões externas, ou seja, alguns animais podem responder bem à vacina e outros não”, esclarece Kolber.
O mito do banho
Há quem acredite que, assim como cães, gatos precisam de banhos. O problema é que com a temperatura mais amena, o que poderia ser a solução de um problema de higiene, acaba se tornando um problema respiratório. Kolber alerta que os banhos são importantes, mas podem se transformar em uma agressão caso sejam em excesso. “Sabendo-se que o felino já por natureza é um animal extremamente limpo, o bom senso é fundamental, ou seja, água morna e uma boa secagem”.
Quando o assunto são as roupas e sapatos para a proteção dos bichos, Kolber acredita que os acessórios são meramente decorativos, já que “os animais já possuem por natureza uma proteção natural, ou seja, o pelame”. Já Naspitz concorda com o colega, mas ressalta que para pets que vivem em residências com piso muito frio, ou em regiões de temperaturas extremas, as roupas e sapatos, são, sim, recomendados.