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Sozinho em casa

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Quem disse que os animais não sentem os efeitos da vida frenética e da correria das grandes cidades? Assim como a gente, os pets também sofrem de estresse, transtornos de ansiedade, solidão e tantos distúrbios que antes se pensava serem comuns somente em humanos.

A rotina agitada de trabalho, trânsito e obrigações profissionais, muitas vezes, exige que deixemos o cachorro sozinho em casa o dia todo. O problema é que alguns animais podem desenvolver Síndrome de Ansiedade de Separação, um dos problemas comportamentais mais comuns em cães.

“O distúrbio ocorre quando os cães são afastados de seus donos ou ficam sozinhos. Com isso, eles passam a apresentar um comportamento inadequado ou indesejado”, explica a Dra. Amanda Cologneze Brito, médica veterinária e assistente técnica do Laboratório Veterinário Mundo Animal.

Aprenda alguns truques para acostumar seu amigo a ficar um tempo sozinho em casa - flickrAprenda alguns truques para acostumar seu amigo a ficar um tempo sozinho em casa
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Segundo a veterinária, os sintomas mais comuns são depressão, latidos excessivos, lambedura descontrolada nas patas ou em todo o corpo, xixi e cocô fora do lugar, destruição de objetos. Além de prejuízos financeiros aos donos, o problema traz tanto estresse ao ambiente doméstico que chega a ser uma das maiores causas de abandono e eutanásia de animais.

Síndrome de Ansiedade de Separação
Mal que atinge cães de todas as raças, portes e idades, o Síndrome de Ansiedade de Separação, quando não diagnosticada ou tratada, traz o estresse para todo o ambiente doméstico.
O trauma é gerado em razão do medo do cão em ser abandonado. Deixado sozinho, o pet sente-se ameaçado, pois não entende que a situação de “solidão” é temporária – somente até os donos voltarem para casa após o trabalho, por exemplo.

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De acordo com uma pesquisa realizada pelos alunos da Unicastelo de Fernandópolis, interior de São Paulo, o transtorno acontece em razão do estilo de vida da maioria dos proprietários, que passam muito tempo fora de casa por motivos profissionais e pela falta de disponibilidade para estar com seus cães.

Como evitar:

  • Fique de olho no comportamento de seu cão: latidos demais, agitação, destruição de objetos e sujeira no lugar errado podem ser sinais de que há algo errado com ele.
  • Passeie, passeie, passeie: animal precisa de atividade. Leve-o para caminhadas e brincadeiras fora de casa ou no quintal.
  • Apego: é quase impossível não se apegar ao cão, mas saiba que estudos comprovam que cachorros que dormem na mesma cama de seus donos, por exemplo, são mais propensos ao problema.
  • Questão de treino: acostumar o cão a ficar sozinho desde filhote é uma dica valiosa. O treino da gaiola é uma boa maneira de ensinar a ele.
  • Ajuda profissional: procure sempre um veterinário, pois ele tem as respostas para suas dúvidas e é a figura essencial para o diagnóstico do seu cão.

Treino da gaiola

A técnica pode ser aplicada em filhotes a partir de 45 dias de idade e ajuda o animal a se acostumar com ausências durante o dia de trabalho.

  • Arrume um cercado ou cômodo com espaço suficiente para o filhote se movimentar. O lugar precisa ser arejado, confortável, com água, brinquedos e um cantinho para suas necessidades.
  • Acostume o cãozinho a ficar, dormir e brincar neste local, mas sem fechar a portinha ou a porta do cômodo.
  • Depois de uma semana, comece o treino deixando o filhote por um curto espaço de tempo, fechado no local escolhido, sem que tenha contato visual com você.
  • Quando o tempo acabar, se o filhote estiver calmo, abra a porta e brinque com ele de modo tranquilo.
  • Vá gradativamente aumentando o espaço de tempo em que o animal fica fechado neste espaço, chegando ao máximo de 1h30.
  • Antes do treino, não corra atrás do cão para pegá-lo.
  • Ofereça comida ao filhote 15 minutos depois do fim do exercício.

Texto extraído e adaptado do site do Dr. Mauro Lantzman, veterinário, homeopata e mestre em reprodução animal.

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