Crédito: SXC levigruber
As atenções atribuídas ao Mico-leão-dourado, definitivamente precisam ser revistas com urgência. Ao contrário do que se imagina, o primata brasileiro mais ameaçado de extinção é um primo menos famoso, o Mico-leão-da-cara-preta (Leontopithecus caissara). Acredita-se que existam apenas 400 exemplares em território nacional, que podem ser encontrados principalmente nos Estados do Paraná e São Paulo.
Para tentar reverter o quadro, ambientalistas têm estudado os fatores que estão levando ao desaparecimento da espécie, e constatou-se que o animal parece ser muito exigente em relação ao seu habitat natural e recusa-se a fazer morada em outros locais.
O mico-leão-da-cara-preta e sua família, geralmente formada por um casal e seus filhotes, habitam apenas em cerca de 300 hectares numa pequena região da Mata Atlântica, no extremo sul de São Paulo e o extremo norte do Paraná. Isso restringe o número de exemplares, já que as florestas preservadas têm diminuído.
Outra questão estudada pelos ambientalistas é a pouca variação genética do grupo, uma vez que há exemplares, além de viverem em um local restrito. Sabe-se que espécies com DNA pouco diverso estão mais sujeitas a parasitas, doenças e outros problemas, porque diminuem as chances de ao menos alguns indivíduos serem resistentes.
De qualquer maneira, a parcela que cabe aos humanos cuidar é a preservação da Mata Atlântica, ameaçada pela extração de palmito e de madeira de lei. Nesse sentido, a conscientização da população e o trabalho para a exploração sustentável são as saídas mais adequadas para preservar a vida desse macaco.