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Caracol pega carona para enfrentar correnteza

Eles são minúsculos e espertos. Medindo cerca de um oitavo de polegada, os jovens caracóis da espécie Neritina asperulata, gostam de encurtar distâncias nas costas, ou melhor, nas conchas dos N. pulligera, “parentes” um pouco maiores, com uma polegada de comprimento (cerca de 2,5 centímetros).

O N. asperulata é originário das Ilhas Salomão e Vanuatu – localizadas no Paícifo Sul, e nasce em água doce, muito embora seja levado para o oceano pelas correntezas, na fase larval. Quando maior, no entanto, ele precisa voltar rio acima, e é nessa ocasião que eles pegam carona com os N. pulligera. A viagem é longa, mesmo nas costas do parente. Eles podem levar de um a dois anos para superarem 2,5 milhas, explica o pesquisador japonês Yasunori Kano, da Universidade de Miyazaki, em um artigo na publicação Biology Letters.

Além de encurtar a distância, a carona serve como proteção ao pequeno caracol. Ao observar a espécie, Kano também chegou à conclusão de que o N. asperulata é a única que pega carona por necessidade, ao contrário de outros jovens caracóis que fazem o mesmo, mas por opção.

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