Ativo e atento, esse cão é um boiadeiro nato. Por isso precisa de muito espaço para correr, brincar e gastar sua energia, e não deve ser criado em apartamentos. Por seu porte, e também por ser muito ativo, não é uma raça muito aconselhada para quem tem crianças pequenas. Muito dócil com o dono e seus familiares, o Cão Fila de São Miguel fica desconfiado e arisco na presença de estranhos.
Essa característica o torna um bom cão de guarda, defesa, e apto também para guarda de propriedade. Inteligente, aprende rápido e costuma ser voluntarioso, temperamento não recomendável para pessoas que nunca tiveram cachorro.
Ficha Técnica
Origem: Portugal
Utilização: boiadeiro
Porte: médio
Pelagem: pelo curto, liso, denso, com textura áspera, ligeiramente franjado em determinadas regiões
Cores: fulvo, fulvo claro com capa preta, cinza (indo degradê de tonalidades claras para as escuras), sempre tigrado, manchas brancas são permitidas na testa e do queixo ao peito; pode ter pequenas manchas brancas nas duas patas anteriores ou nas posteriores ou nas quatro patas
Temperamento: dócil, inteligente e independente
Histórico
Pode-se dizer que o Cão Fila de São Miguel foi desenvolvido da necessidade do pecuarista em ter um animal que o ajudasse na condução e na defesa dos bovinos. A raça, cujos registros datam o século 16, é resultado da mistura de vários exemplares, como o Buldogue, o Mastiff, o Dogue de Bornéus Francês, entre outros molossos (cão grande).
Apesar de suas qualidades, o cachorro ainda não foi reconhecido pela Fédération Cinologique Internacionale (FCI).
Cuidados e Dicas
O cão costuma ser saudável, mas pode apresentar problemas de excesso de peso, assim como displasia coxofemural e no cotovelo.
Curiosidades
Sua relação com bovinos é tão forte que ele também é conhecido como Cow Dog (Cão Vaca). Quando trabalha com gado leiteiro, morde baixo, caso necessário, para não ferir as tetas do animal. Já no caso de boiadas fugitivas, ele prefere morder mais alto, para segurar os “fujões”.