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Considerados os companheiros ideais da vida moderna por conta de seus hábitos, porte e beleza, cada vez mais os gatos são adotados como animais de estimação e verdadeiros membros da família. E para viver dentro de casa a maioria é castrada. A castração oferece uma série de benefícios, sendo cada vez mais recomendada por veterinários e reconhecida pelos proprietários como parte dos cuidados de saúde e proteção.
No entanto, os benefícios da castração são comumente acompanhados por alterações fisiológicas e comportamentais que determinam a necessidade de cuidados extras, principalmente no que se refere à nutrição e ao manejo alimentar do felino. A adequada nutrição é um fator crítico para evitar o impacto das alterações fisiológicas mais comuns associadas à castração.
Os focos principais de cuidados após a cirurgia são a manutenção do peso ideal e a prevenção de cálculos urinários. Torna-se, entretanto, fundamental levar em conta que ambos os problemas variam em função da idade, exigindo atenção específica nas diferentes fases da vida. Especialmente em relação ao ganho de peso, os cuidados devem ser redobrados, uma vez que a obesidade pós-castração se instala rapidamente e é um fator agravante para os cálculos urinários e para outros problemas de saúde.
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E por que ocorre a obesidade? Após a castração, alguns animais diminuem o nível de atividade física, sendo facilmente observado o maior interesse pelo alimento e pelo sofá. Assim, em apenas dois ou três meses de pós-operatório, alguns animais já aumentam o peso em 30%.
O período mais crítico de ganho de peso, tanto para machos quanto para fêmeas, é na fase de desenvolvimento e maturação, ou seja, até os cinco anos de idade. Ao contrário do que ocorre com os bichanos mais jovens, nos animais idosos, com mais de 12 anos, o peso geralmente está abaixo do ideal. Ou seja, à medida que os gatos envelhecem, a tendência é de perda de peso, diferente dos cães.
Portanto, na alimentação para gatos adultos jovens castrados, a restrição de calorias é imprescindível para evitar a obesidade. Já no caso dos gatos de meia idade (entre sete e 12 anos), o controle energético deve ser moderado, pois é uma fase em que podem tanto ganhar quanto perder peso. Diferentemente, nos animais acima de 12 anos, o alimento precisa ser de alta digestibilidade e mais calórico, pois há maior tendência a perda de peso.
Em relação aos cálculos urinários também existe uma maior predisposição a determinado tipo de cálculo em função da idade. Enquanto animais jovens têm maior predisposição para cálculos de estruvita, os mais idosos são mais predispostos aos cálculos de oxalato de cálcio. E a formação de um tipo ou outro depende fortemente do PH urinário do animal. Desta forma, para otimizar a proteção, o alimento fornecido deve promover um PH urinário específico e adequado ao tipo de cálculo que se quer evitar.
Assim, o fornecimento de uma dieta especial, que atenda as necessidades inerentes à fase da vida e condição fisiológica em que o gato está é fator primordial para garantir saúde e longevidade aos felinos .