Coordenadorias de Proteção podem ser solução para controle populacional animal

A problemática dos animais não é só uma questão humanitária, mas de saúde pública, meio ambiente e de respeito ao dinheiro público.

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As prefeituras, de uma forma geral, gastam três vezes mais para piorar uma situação que cresce de forma geométrica, ou seja, em caráter exponencial, ao passo que, se trabalhassem nas causas do problema gastariam muito menos para resolvê-los.

Pela ausência e ineficácia do poder público ao longo do tempo, todo esse trabalho tem ficado a cargo de protetores independentes e das entidades de proteção animal que representam uma sociedade que não suporta mais a inércia do poder público. Por isso, proponho que cada prefeitura crie Coordenadorias de Proteção, Defesa e Bem-Estar Animal, separadas dos Centros de Controle de Zoonoses e das Secretarias de Saúde. Esta propositura se constitui na melhor forma de resolver ou mesmo minimizar os problemas inerentes aos animais.

Ficaria a cargo da Coordenadoria do Bem-Estar Animal as seguintes funções:

  • Resgatar animais atropelados, em sofrimento, no cio, prestes a dar cria, com filhotes e filhotes abandonados, além de animal mordedor com mordedura comprovada, desde que não tenha um domicílio para ficar em observação por 10 dias.
  • Após a recuperação, castrar, identificar, vacinar, vermifugar e encaminhar para adoção os animais resgatados.
  • Promover programas de adoção com feiras no próprio local, inclusive nos finais de semana ou em local público, em parceria com empresas privadas, supermercados ,etc; por meio do site próprio da coordenadoria do bem-estar animal ou em parceria com entidades de proteção animal.
  • Fotografar e publicar no próprio site em até no máximo 24 (vinte e quatro) horas todos os animais que derem entrada no órgão, para que os munícipes possam saber se seu animal perdido foi recolhido.
  • Promover atendimento veterinário clínico e cirúrgico gratuito para os animais da população carente.
  • Promover campanhas de castração e identificação em massa, gratuitas, para os animais da população, inclusive comunitários, semi domiciliados e errantes.
  • Promover campanhas de identificação gratuita dos animais conjuntamente com as campanhas de vacinação anti-rábica.
  • Promover conscientização da posse responsável dos animais nas escolas, centros comunitários, etc.
  • Fiscalizar e divulgar a legislação de proteção dos animais.
  • Elaborar normas a fim de inibir o comércio clandestino de animais.

Segundo uma pesquisa da USP, realizada na cidade de São Paulo entre 2002 e 2008, ficou constado que neste período a população humana cresceu 3,6% enquanto no mesmo período a população canina cresceu 60% e a felina 152%.

De acordo com a projeção, se nada for feito em termos de controle populacional pelos governos, em 2030 teremos mais cães e gatos do que seres humanos.

A sociedade não suporta mais se deparar com animais sofrendo pelas ruas e com crimes cometidos contra seres inocentes, ou seja, só diminuiremos a crueldade e sofrimento dos animais quanto tivermos menos animais abandonados e sem cuidados.

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