Feche os olhos. Tudo ficou escuro, não é mesmo? Mas para isso ser resolvido, basta abri-los e a vida poderá ser seguida normalmente. Agora pense em um deficiente visual que tem uma rotina como a sua. Eles trabalham, estudam, saem, se divertem, fazem compras, exercícios. Tudo isso no escuro. Já imaginou? Por isso os cães-guias são tão importantes para quem não pode enxergar.
História
A relação do homens cegos com cães-guias começou há muitos anos. Escavações que datam de 79 D.C., em Pompeia, na Itália, revelaram desenhos que aparentam ser um cego com um cão. Depois disso, outras pinturas apresentam referências similares. Mais tarde, em 1819, o austríaco Johann Wilhelm Klein, fundador do Instituto de Educação para Cegos, em Viena, registrou pela primeira vez na história um método de adestramento de cães para guiar deficientes visuais em métodos semelhantes aos atuais. Desde então, os cães-guias se tornaram grandes companheiros para quem não enxerga. Na Primeira Guerra Mundial, por exemplo, eles foram usados para apoiar soldados que ficaram com a visão afetada.
No Brasil
Desde 2006, o Brasil conta com uma lei que permite que deficientes visuais, familiares e treinadores podem entrar e permanecer em veículos e estabelecimentos públicos em privados de uso coletivo com seus cães-guias.
Apesar de serem grandes aliados no dia a dia dos cegos, o Brasil tem apenas 100 cães-guias para 6 milhões de deficientes visuais. São quase 3 mil pessoas na fila de espera para receberem um cão. E conseguir um deles não é tão simples. Além de passarem por uma seleção de personalidade, os cachorros enfrentam por um longo treinamento, que pode durar 18 meses. Mas não para por aí, pois muitas pessoas que possuem companheiros com mais de 8 anos, necessitam aposentá-los, o que para quem já convive com o animal é uma tarefa muito difícil.
Campanha
Pensando em ajudar as pessoas que precisam de um cão-guia, o Instituto Iris de Responsabilidade e Inclusão Social foi criado em 2002. Ele trabalha em prol do treinamento de cães-guias para facilitar o processo de inclusão de deficientes visuais na sociedade, garantindo melhor qualidade de vida dessas pessoas.
Em uma campanha de financiamento coletivo, o Instituto busca arrecadar R$ 140 mil para repor cães que precisam ser aposentados com urgência. Alcançada a primeira meta, o eles querem possibilitar que outras pessoas que ainda esperam na fila possam ter um cão-guia. Cada um deles custa R$ 35 mil para o Instituto.
Até agora, foram arrecadados R$16.749,00, 11% da meta estipulada para a campanha.
Quer conhecer mais? Confira o vídeo abaixo, acesse o site do Instituto Íris ou o site e Facebook da campanha.
Ajude quem precisa de um cão-guia!
Fonte: Época