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Em editorial publicado na última terça-feira, 16 de fevereiro, o Canadian Medical Association Journal aborda a polêmica de transportar pequenos animais de estimação dentro da cabine de passageiros. De acordo com os autores do texto, três médicos que representam o jornal e também a Universidade de Ottawa, no Canadá, algumas companhias aéreas preferem abrir concessões aos proprietários de pets, ao invés de privilegiar o bem-estar dos passageiros.
A Air Canada é uma dessas companhias. No dia 1° de julho de 2009, ela voltou atrás e anulou a decisão que proibia pets junto aos passageiros. Tudo indica que a competição motivou a medida, já que cerca de 25% dos passageiros da concorrente WestJet são bichos de estimação.
O texto pressiona a Agência Canadense de Transporte para tomar uma posição em relação às pessoas alérgicas, que são obrigadas a dividir o mesmo espaço com os pets, durante os voos. Ainda segundo o editorial, uma entre dez pessoas são alérgicas a animais.
No momento, a Agência está revendo quatro reclamações de passageiros que sofreram sérias reações alérgicas ao voar com animais, em 2009. Uma passageira de um voo da WestJet precisou de cuidados médicos após sofrer uma grave reação alérgica à um cão que estava a bordo.
Segundo o editorial, se a Agência Canadense não tomar previdências para proteger passageiros alérgicos, o governo federal deve se envolver na questão. Para os autores do texto, esses passageiros devem ter a liberdade de voar sem colocar a saúde em risco. Os médicos ainda destacam que os animais de estimação podem viajar com segurança e conforto, no compartimento de cargas do avião.