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Na última segunda-feira, 14 de fevereiro, o anúncio da aposentadoria do jogador Ronaldo, do Corinthians, contribuiu para alertar a população à respeito de uma doença pouco comentada. O atleta sofre de hipotireoidismo, o que impossibilitou o craque a continuar jogando.
A doença é causada pelo desequilíbrio na glândula tireóide, tornando o metabolismo mais lento, causando o aumento de peso entre suas principais reações. O que poucos sabem, no entanto, é que o problema também pode atingir cães e gatos. Assim como nos humanos, os hormônios também são essenciais para o bom funcionamento do organismo dos animais.
De acordo com o veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Pet Care, em São Paulo, “os hormônios tiroidianos influenciam o metabolismo em importantes funções do corpo, como a frequência cardíaca, o controle da temperatura corporal e funções mentais”.
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Os hormônios em questão são a tiroxina (T4) e triidotironina (T3), produzidos pela glândula tireóide, localizada no pescoço em ambos os lados da traquéia. O médico explica que a deficiência desses hormônios leva a uma diminuição da taxa metabólica, o que significa uma redução na velocidade em que a células trabalham.
Segundo o veterinário, a redução dos níveis dos hormônios tiroidianos pode ocorrer por uma série de fatores. “Inflamações na glândula, uma falha crônica, como a atrofia, por exemplo e, em casos raros, tumores”.
Sintomas e diagnóstico
Os principais sintomas do hipotireoidismo são: ganho de peso, intolerância ao frio, sonolência ou apatia e uma variedade de alterações da pele ou pelos. “As alterações cutâneas mais comuns são perda de pelos, mudanças na cor e qualidade da pelagem, e predisposição a infecções cutâneas”, explica o veterinário.
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“Já os sinais menos comuns incluem alterações reprodutivas e neurológicas”, alerta. O diagnóstico da doença é feito dosando a concentração dos hormônios tiroidianos (T3, T4 e T4 livre) no sangue. Se as concentrações estiverem baixas, outros testes podem ser realizados para determinar se a diminuição é por problema na tireóide ou por outras doenças ou medicamentos.
“É preciso estar atento a animais que apresentam alterações de peso mesmo quando uma dieta balanceada é mantida. É importante sempre buscar atendimento veterinário em locais que possuam estrutura adequada para solicitar ou oferecer os exames laboratoriais necessários para diagnosticar quadros como o de hipotireoidismo” , explica o veterinário.
Ainda segundo o dr. Marcelo, o hipotireoidismo é mais comum em cães de médio e grande porte e muito raro em gatos. As raças predispostas a apresentar o problema são: Labrador, Golden Retriever, Dobermann, Boxer, Cocker Spaniel e Sheepdog. Quinzani esclarece ainda que, felizmente, a doença pode ser facilmente tratada com medicação oral e geralmente as alterações provocadas por ela começam a melhorar após as duas primeiras semanas de cuidados. “Na maioria dos casos, o tratamento e acompanhamento do animal que apresenta hipotireoidismo são mantidos pela vida toda.”
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